segunda-feira, 27 de julho de 2009

QUANDO O PROFISSIONAL É UMA CARROÇA VAZIA



Algumas pessoas são carentes, precisam de atenção, precisam se sentir percebidas, querem compartilhar o seu dia-a-dia, necessitam de serem percebidas. Isso faz com que tenham que falar alto, e, o tempo todo, para que envolvam todos os presentes compartilhando seus problemas pessoais, desafetos, alegrias ou momentos de felicidade.

Constata-se que outros usam a voz alta como estratégias para fazer a comunicação a todos os presentes, mesmo estando bem próximo da pessoa com que supostamente ela desejaria conversar. Falam a uma altura exagerada de modo que ela tenha certeza que todos estão ouvindo. Não importará se estão trabalhando, se perderão a concentração ou se, simplesmente, não querem ouvir. Ela falará tudo e a todo o tempo, até sentir-se satisfeita.

Diante disso, entende-se que, além de tudo, há também desrespeito, falta de educação e menosprezo as necessidades dos companheiros de trabalho.Também há, vale registrar, aqueles que entendem que falar em voz alta pode promover marketing pessoal, pois concluem que podem divulgar aos presentes, a execução de suas tarefas, as suas ocupações, e ainda, que podem “tocar trombeta” daquilo, que para eles, é motivo de méritos.Com freqüência, descobre-se que muitos que conseguiram fazer crer serem ótimos profissionais, por ficarem o tempo todo fazendo barulho, correndo, gritando e chamando a atenção de todos para o que ele está fazendo, na verdade, não eram tão bons, fizeram-se parecer serem bons, mas, admita-se, a intensidade do áudio nunca deve ser referência para capacidade e desenvolvimento profissional.

Conta-se de um pai que, conversando com o seu filho, de repente ouve um som, que identificou ser de uma carroça, mas ele enfatizou que se tratava de uma carroça vazia, mesmo não a vendo. Seu filho, curioso, perguntou como ele identificou o fato da carroça estar vazia, somente por ouvi-la, foi quando seu pai explicou que ele conhece carroças vazias pelo som que produzem, pois fazem muito barulho quando não levam nada consigo.Desta ilustração, pode-se inferir que muitas pessoas que fazem muito barulho, o fazem, porque estão vazias e precisam de auto-afirmação, auto-estima e carecem de realização pessoal.

A solução, vale salientar, o que não consideram é o fato de que a solução não está em obrigar aos presentes ouvi-los, tirando deles o direito de escolha.Contribuamos para um ambiente de trabalho mais tranqüilo, mais leve e mais harmonioso.Orientemos os mais exaltados, agitados e que vivem em instáveis mudança de humor e euforia, para que não sintamos uma sensação de estarmos em uma feira, em uma casa de samba, ou ainda, em uma manifestação de protesto. Embora em alguns casos é muito difícil manter o silêncio, pois a característica das atividades exijam o dinamismo de comunicação pessoal, o que sempre deve acompanhar um bom e maduro profissional é o bom senso, que, embora conhecido de todos, ainda é uma rara qualidade.Evitemos os nossos estresses provocados por ruídos constantes, a nossa indisposição e procuremos proporcionar a nós mesmos e a outros um ambiente de trabalho saudável.

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