Um blog destinado a informações públicas sem hipocrisias partidárias, nem religiosas...
quinta-feira, 30 de julho de 2009
PROJETOS DE COLONIZAÇÃO
O perfil fundiário do Território e a expansão da fronteira agropecuária em Rondônia, teve início a partir de 1970 com a implantação dos Projetos de Colonização Oficial do Governo Federal, gerenciados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA. Alterando assim, a maior parte da estrutura de posse e uso da terra por meio da substituição de grandes áreas de seringais nativos por um novo contexto fundiário, inserindo a fronteira agrícola no sistema produtivo nacional com grande incentivo para a pecuária bovina.
Os principais fatores que caracterizaram o tipo de ocupação que ocorreu em Rondônia entre 1970 e 1990 foram:
. O aumento da ocupação rural pela atividade agropecuária, refletindo o abandono do padrão típico Amazônico que era característico até 1960, provocando uma explosão da exploração predatória do extrativismo vegetal com corte raso das florestas para o preparo da área e exploração de madeiras de lei (madeiras nobres);
• Formação de um eixo econômico ao longo da BR-364, na parte central do Estado, com a perda da importância da ocupação ribeirinha. Ganham importância as cidades surgidas em função dos Projetos de Colonização, como Ouro Preto do Oeste, Cacoal, Jaru, Rolim de Moura e Ariquemes;
• A partir de 1985, inverte-se o fluxo com os migrantes, que passam a procurar mais as áreas urbanas e a ocupação no setor secundário e terciário da economia;
• A área ocupada com imóveis rurais que correspondia em 1970 a 7% atinge em 1991 cerca de 57% da área territorial de Rondônia.A atuação do INCRA em Rondônia deu-se por meio dos Projetos Fundiários, Projetos Integrados de Colonização, Projetos de Assentamento Dirigido, Projetos de Assentamentos Rápido e, mais recentemente, da implantação da política de Reforma agrária.
Na maioria das vezes o agricultor recebia as terras sem nenhum apoio logistico tendo que enfrentar a floresta com a cara e a coragem, muitos foram pioneiros em meio a matas e com muita determinação formaram vilarejos, que tornaram-se mais tarde vilas, comarcas, distritos e na atualidade grandes munícipios.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
QUANDO O PROFISSIONAL É UMA CARROÇA VAZIA
Algumas pessoas são carentes, precisam de atenção, precisam se sentir percebidas, querem compartilhar o seu dia-a-dia, necessitam de serem percebidas. Isso faz com que tenham que falar alto, e, o tempo todo, para que envolvam todos os presentes compartilhando seus problemas pessoais, desafetos, alegrias ou momentos de felicidade.
Constata-se que outros usam a voz alta como estratégias para fazer a comunicação a todos os presentes, mesmo estando bem próximo da pessoa com que supostamente ela desejaria conversar. Falam a uma altura exagerada de modo que ela tenha certeza que todos estão ouvindo. Não importará se estão trabalhando, se perderão a concentração ou se, simplesmente, não querem ouvir. Ela falará tudo e a todo o tempo, até sentir-se satisfeita.
Diante disso, entende-se que, além de tudo, há também desrespeito, falta de educação e menosprezo as necessidades dos companheiros de trabalho.Também há, vale registrar, aqueles que entendem que falar em voz alta pode promover marketing pessoal, pois concluem que podem divulgar aos presentes, a execução de suas tarefas, as suas ocupações, e ainda, que podem “tocar trombeta” daquilo, que para eles, é motivo de méritos.Com freqüência, descobre-se que muitos que conseguiram fazer crer serem ótimos profissionais, por ficarem o tempo todo fazendo barulho, correndo, gritando e chamando a atenção de todos para o que ele está fazendo, na verdade, não eram tão bons, fizeram-se parecer serem bons, mas, admita-se, a intensidade do áudio nunca deve ser referência para capacidade e desenvolvimento profissional.
Conta-se de um pai que, conversando com o seu filho, de repente ouve um som, que identificou ser de uma carroça, mas ele enfatizou que se tratava de uma carroça vazia, mesmo não a vendo. Seu filho, curioso, perguntou como ele identificou o fato da carroça estar vazia, somente por ouvi-la, foi quando seu pai explicou que ele conhece carroças vazias pelo som que produzem, pois fazem muito barulho quando não levam nada consigo.Desta ilustração, pode-se inferir que muitas pessoas que fazem muito barulho, o fazem, porque estão vazias e precisam de auto-afirmação, auto-estima e carecem de realização pessoal.
A solução, vale salientar, o que não consideram é o fato de que a solução não está em obrigar aos presentes ouvi-los, tirando deles o direito de escolha.Contribuamos para um ambiente de trabalho mais tranqüilo, mais leve e mais harmonioso.Orientemos os mais exaltados, agitados e que vivem em instáveis mudança de humor e euforia, para que não sintamos uma sensação de estarmos em uma feira, em uma casa de samba, ou ainda, em uma manifestação de protesto. Embora em alguns casos é muito difícil manter o silêncio, pois a característica das atividades exijam o dinamismo de comunicação pessoal, o que sempre deve acompanhar um bom e maduro profissional é o bom senso, que, embora conhecido de todos, ainda é uma rara qualidade.Evitemos os nossos estresses provocados por ruídos constantes, a nossa indisposição e procuremos proporcionar a nós mesmos e a outros um ambiente de trabalho saudável.
sábado, 25 de julho de 2009
NINGUÉM SABE TUDO, PRECISAMOS MUDAR A POSTURA
Sempre que assumimos que sabemos tudo sobre um tema, limitamos nossa capacidade criativa, pois perdemos a curiosidade. Ou seja, jamais se contente com o que você sabe, pois sempre é possível ir além. Complemente esta "humildade" com atitude e coragem para implementar suas idéias. O medo de se expor inibe a criatividade. Para implantar uma idéia criativa é preciso, acima de tudo, de muita determinação.
É produtivo também fugir de frases que matam idéias, como "Isso não vai dar certo", "Não vão aprovar...". Sempre que colocamos a mentalidade negativa em nossas ações, já estamos construindo o fracasso. É preferível se munir de coragem, de confiança e, no momento certo, lançar a idéia criativa. Afinal, o "não" você já tem. Por que se contentar com ele?
Criatividade, como vimos, tem a ver com saber resolver problemas. Quando você consegue avaliar corretamente uma situação e detém um conhecimento que sustente uma idéia e a promova, ao aplicar a imaginação e sair da zona de conforto, estará sendo criativo. Obrigue sempre seu cérebro a buscar mais informações. Afinal, a melhor solução não é necessariamente a primeira, esta é apenas uma das respostas certas, e que pode estar longe de algo criativo.
Podemos concluir que criatividade é uma questão de postura. Como em todo o resto, são nossas escolhas que determinam nosso caminho e nosso resultado. Depende de nós saber se estamos jogando para vencer ou para não perder.
Não podemos deixar que situações adversas nos joguem para baixo, assumindo postura de fracasso perante a sociedade. Temos que nos orgulhar da profissão que escolhemos ou por via das dúvidas "exercemos". E para isto precisamos de dignidade e agirmos politicamente correto dentro da ética.
Assim, permita extravasar todo o potencial criativo latente dentro de você. Se apaixone pela sua capacidade de mudar, de trazer o novo e o diferente à sua vida. A partir do momento em que se apropriar desta competência, alimentando-a sempre, nada mais fará você parar. Porque terá, finalmente, construído uma grande certeza, daquele tipo que ninguém destrói ou rouba: a confiança de que mudar e ser criativo está em suas mãos; e se algo não estiver como você quer, basta você agir e dar o primeiro passo.
* Valdeci Ribeiro, professor com orgulho.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
A Verdadeira história do Brasil
O país nasceu por engano, balançou no berço da safadeza e agora é controlado pela aliança dos amorais
*por Augusto Nunes
O Brasil nasceu por engano. Buscavam o caminho das Índias as caravelas que em abril de 1500 perderam o rumo tão espetacularmente que acabariam caindo nos abismos do outro lado do mundo se não tivessem topado com aquela demasia de praias com areias finas e brancas, banhadas por ondas verdes ou azuis, muita mata, muita flor, muito rio, muito peixe, muito bicho de carne tenra, muita fruta sumarenta e, melhor que tudo, muita índia pelada.O Brasil balançou no berço da safadeza. Souberam disso tarde demais aqueles viventes cor de cobre, sem roupas no corpo nem pelos nas partes pudendas, os homens prontos para trocar preciosidades por quinquilharias, as mulheres prontas para abrir o sorriso e as pernas para qualquer forasteiro, pois os nativos praticavam sem remorso o que só era pecado do outro lado do grande mar, e não poderiam ser tementes a um Deus que desconheciam.O Brasil nasceu carnavalesco. Nem um Joãosinho Trinta em transe num terreiro de candomblé pensaria em juntar na avenida, como fez o português Henrique Soares, maior autoridade religiosa presente e celebrante da primeira missa naquelas imensidões misteriosas, um padre de batina erguendo o cálice sagrado, navegantes fantasiados de soldados medievais, marinheiros com roupa de domingo, índios com a genitália desnuda que séculos depois seria banida da Sapucaí por bicheiros respeitadores dos bons costumes e a cruz dos cristãos no convívio amistoso com arcos, flechas e bordunas.O Brasil balançou no berço da maluquice. Marujos ainda mareados pela travessia do Atlântico, ainda atarantados com a visão do paraíso, decidiram que aquilo era uma ilha e deveria chamar-se Ilha de Vera Cruz, e assim a chamaram até perceberem, incontáveis milhas além, que era muito litoral para uma ilha só, e pareceu-lhes sensato rebatizar o colosso ausente de todos os mapas com o nome de Terra de Santa Cruz, porque disso ninguém duvidava: era firme a terra que pisavam.O Brasil nasceu preguiçoso. Passou a infância e a adolescência na praia, e esperou 200 anos até criar ânimo e coragem para escalar o paredão que separava o mar do Planalto, e esperou mais um século até se aventurar pelos sertões estendidos por trás da floresta virgem, num esforço de tal forma extenuante que ficou estabelecido que, dali por diante, os nativos da terra, os estrangeiros e seus descendentes sempre deixariam para amanhã o que poderiam ter feito ontem.Tinha de dar no que deu. Coerentemente incoerente, o Brasil parido pelo equívoco hostilizou os civilizadores holandeses para manter-se sob o jugo do império português, o Brasil amalucado teve como primeira e única rainha uma doida de hospício, o Brasil da safadeza acolheu o filho da rainha que roubou a matriz na vinda e a colônia na volta, o Brasil preguiçoso foi o último a abolir a escravidão, o Brasil sem pressa foi o último a virar República, o Brasil carnavalesco transformou a própria História num tremendo samba do crioulo doido.O cortejo dos presidentes, ministros, senadores, deputados federais, governadores, deputados estaduais, prefeitos e vereadores aberto em 1889 informa que a troca de regime não mudou a essência da coisa: o Brasil republicano é o Brasil monárquico de terno e gravata, só que mais cafajeste. Muito mais cafajeste, informa a paisagem deste começo de século. Depois de 500 anos, os herdeiros dos traços mais detestáveis do DNA nacional promoveram o grande acerto dos amorais, instalaram-se no coração do poder e vão tornando decididamente intragável a geleia geral brasileira.Nascido e criado sob o signo da insensatez, o país que teve um imperador com 5 anos de idade que parecia adulto é governado por um presidente que parece moleque. Com um menino sem pai nem mãe no trono, o Brasil não sentiu medo. Com um sessentão no comando, o Brasil que pensa se sente sem pai nem mãe.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
ESCOLA :É GUERRA?
*Prof. Valdeci Ribeiro
O prazer pelo aprender não é uma atividade que surge espontaneamente nos alunos, pois, não é uma tarefa que cumprem com satisfação, sendo em alguns casos encarada como obrigação. Para que isto possa ser melhor cultivado, o professor deve despertar a curiosidade dos alunos, acompanhando suas ações no desenvolver das atividades.
O professor não deve preocupar-se somente com o conhecimento através da absorção de informações, mas também pelo processo de construção da cidadania do aluno. Apesar de tal, para que isto ocorra, é necessária a conscientização do professor de que seu papel é de facilitador de aprendizagem, aberto às novas experiências, procurando compreender, numa relação empática, também os sentimentos e os problemas de seus alunos e tentar levá-los à auto-realização.
De modo concreto, não podemos pensar que a construção do conhecimento é entendida como individual. O conhecimento é produto da atividade e do conhecimento humano marcado social e culturalmente. O papel do professor consiste em agir com intermediário entre os conteúdos da aprendizagem e a atividade construtiva para assimilação.
O trabalho do professor em sala de aula, seu relacionamento com os alunos é expresso pela relação que ele tem com a sociedade e com cultura. ABREU & MASETTO (1990: 115), afirma que “é o modo de agir do professor em sala de aula, mais do que suas características de personalidade que colabora para uma adequada aprendizagem dos alunos; fundamenta-se numa determinada concepção do papel do professor, que por sua vez reflete valores e padrões da sociedade”.
Dizer que o professor tem que estar de um lado da trincheira e o aluno de outro, é um discurso fadado ao fracasso, nas relações de ensino-aprendizagem. O aluno é parte integrante dos nossos anseios quanto profissionais. O resultado do nosso trabalho é visto através de seu desenvolvimento enquanto pessoa e cidadão.
Segundo FREIRE (1996: 96), “o bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas”.
Ainda segundo o autor, “o professor autoritário, o professor licencioso, o professor competente, sério, o professor incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida e das gentes, o professor mal-amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio, burocrático, racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem deixar sua marca”.
Apesar da importância da existência de afetividade, confiança, empatia e respeito entre professores e alunos para que se desenvolva a leitura, a escrita, a reflexão, a aprendizagem e a pesquisa autônoma; por outro, SIQUEIRA (2005: 01), afirma que os educadores não podem permitir que tais sentimentos interfiram no cumprimento ético de seu dever de professor. Assim, situações diferenciadas adotadas com um determinado aluno (como melhorar a nota deste, para que ele não fique de recuperação), apenas norteadas pelo fator amizade ou empatia, não deveriam fazer parte das atitudes de um “formador de opiniões”.
Logo, a relação entre professor e aluno depende, fundamentalmente, do clima estabelecido pelo professor, da relação empática com seus alunos, de sua capacidade de ouvir, refletir e discutir o nível de compreensão dos alunos e da criação das pontes entre o seu conhecimento e o deles. Indica também, que o professor, educador da era industrial com raras exceções, deve buscar educar para as mudanças, para a autonomia, para a liberdade possível numa abordagem global, trabalhando o lado positivo dos alunos e para a formação de um cidadão consciente de seus deveres e de suas responsabilidades sociais.
* leciona Sociologia na escola João Bento da Costa.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
POBREZA, ESCOLARIDADE E MERCADO DE TRABALHO
* Não tem outro caminho...
O mercado de trabalho é a única saída para a
pobreza no Brasil, de acordo com estudo apresentado no dia 21/05 pelo economista Roberto Cavalcanti de Albuquerque, diretor técnico do Fórum Nacional, realizado pelo Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae), na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, no Rio de Janeiro.
“A única saída persistente, segura, cidadã, autônoma para a pobreza é o emprego, a ocupação geradora de uma renda e de seguro social razoável”, afirmou Cavalcanti, em entrevista à Agência Brasil. O estudo mostra como estão os pobres diante do mercado de trabalho.
E a resposta é que “eles estão muito mal, porque o mercado de trabalho, hoje, exige qualificação”. Cerca de 70% dos pobres são analfabetos funcionais.
De acordo com a pesquisa, o mercado de trabalho está empregando “preponderantemente” pessoas com maior nível de escolaridade. Ou seja, mais de 76% das pessoas contratadas têm nove anos ou mais de estudo. “Há um desequilíbrio entre a oferta e a demanda por trabalho. De outro lado, a política de qualificação da pobreza é muito mais baixa do que o nível de qualificação dos não pobres”.
Cavalcanti destacou a necessidade de se fazer, no Brasil, um grande esforço de educação e qualificação das populações mais pobres para que elas possam ser inseridas no mercado de trabalho. “E talvez, até, um esforço de intermediação no mercado. O governo tem instrumentos para isso”, disse. Ele advertiu, porém, que isso deve ser feito em nível municipal ou, no máximo, microrregional.
Na avaliação do economista, a pobreza é má inserção econômica e má inclusão social. A taxa de desemprego entre os pobres em 2007 atingiu 19,7%, contra uma taxa de desemprego global no país de 8,4%. Dentre os empregados, a percentagem dos pobres com carteira assinada chega a 45%, contra 88% do total de empregados da população. Para Cavalcanti, o grande problema da informalidade está na pobreza.
“A única saída persistente, segura, cidadã, autônoma para a pobreza é o emprego, a ocupação geradora de uma renda e de seguro social razoável”, afirmou Cavalcanti, em entrevista à Agência Brasil. O estudo mostra como estão os pobres diante do mercado de trabalho.
E a resposta é que “eles estão muito mal, porque o mercado de trabalho, hoje, exige qualificação”. Cerca de 70% dos pobres são analfabetos funcionais.
De acordo com a pesquisa, o mercado de trabalho está empregando “preponderantemente” pessoas com maior nível de escolaridade. Ou seja, mais de 76% das pessoas contratadas têm nove anos ou mais de estudo. “Há um desequilíbrio entre a oferta e a demanda por trabalho. De outro lado, a política de qualificação da pobreza é muito mais baixa do que o nível de qualificação dos não pobres”.
Cavalcanti destacou a necessidade de se fazer, no Brasil, um grande esforço de educação e qualificação das populações mais pobres para que elas possam ser inseridas no mercado de trabalho. “E talvez, até, um esforço de intermediação no mercado. O governo tem instrumentos para isso”, disse. Ele advertiu, porém, que isso deve ser feito em nível municipal ou, no máximo, microrregional.
Na avaliação do economista, a pobreza é má inserção econômica e má inclusão social. A taxa de desemprego entre os pobres em 2007 atingiu 19,7%, contra uma taxa de desemprego global no país de 8,4%. Dentre os empregados, a percentagem dos pobres com carteira assinada chega a 45%, contra 88% do total de empregados da população. Para Cavalcanti, o grande problema da informalidade está na pobreza.
Prof. Valdeci leciona na escola João Bento da Costa
quinta-feira, 16 de julho de 2009
COMBATE AO ABUSO SEXUAL DE MENORES
Aprovado projeto que amplia combate a abuso sexual de menores
Foi aprovado na última quarta-feira (15) pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), em decisão
terminativa, projeto determinando que se realize por ação penal pública o processo para julgar crimes de sedução,
corrupção de menores e rapto, nos casos em que a vítima for menor de 18 anos e o crime cometido sob grave ameaça ou
violência. De autoria da senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), a proposição recebeu o voto favorável do relator, senador
Demóstenes Torres (DEM-GO).
O parlamentar por Goiás esclarece que o Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40) determina que o processo judicial para
crimes contra a liberdade sexual, de sedução, corrupção de menores e rapto seja iniciado por ação penal privada, de
iniciativa da própria vítima ou de seu representante legal. Como exceção, a lei prevê ação pública quando a vítima ou seus
pais não puderem pagar as despesas do processo ou quando o crime for praticado "com abuso da qualidade de pai,
padrasto, tutor ou curador, quando resultar em lesão corporal grave ou morte".
Na justificação da proposta, Patrícia Saboya argumenta que tais condições têm sido insuficientes para eliminar o abuso
sexual contra crianças e adolescentes, "tendo em vista o pacto de silêncio instituído pelo temor da vítima a seu agressor".
No projeto (PLS 491/03), a senadora inclui entre as situações excepcionais, que justificariam a ação pública incondicional,
os casos em que a vítima é menor de idade e o crime cometido mediante violência ou ameaça.
Favorável à medida, Demóstenes Torres ressalta que a mudança proposta ao Código Penal contribuirá para reduzir os
casos de impunidade verificados em situações de abuso sexual de menores. Para o senador, a falta de entendimento do
menor sobre o ato sofrido, o medo ou a vergonha fazem com que, em muitas situações, a vítima não dê início à ação penal,
justificando assim a possibilidade de ação pública.
"Com a medida, o promotor de Justiça passa a ter obrigação de agir, assim que tomar conhecimento que o crime", explica
o relator.
Vista
O presidente da CCJ, senador Marco Maciel (DEM-PE), concedeu pedido de vista coletiva à emenda da Câmara ao PLS
54/04, que tipifica o crime de seqüestro relâmpago. O relator, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), apresentou voto
contrário ao substitutivo e manteve o texto original, de autoria do então senador Rodolpho Tourinho. Também foi
concedida vista coletiva ao PLC 3/07, que regulamenta o exercício das profissões de Técnico em Saúde Bucal e de
Auxiliar em Saúde Bucal. O relator, senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), apresentou voto favorável à proposição.
Ainda na reunião desta quarta-feira, foram retirados de pauta o PLC 130/08, que dispõe sobre criação de cargos em órgãos
do Executivo, o PLS 613/07, que aumenta penas para crimes de trânsito, e o PLS 194/06, dispõe sobre crimes cometidos
contra a Administração Pública. As matérias voltarão à agenda da CCJ nas próximas reuniões do colegiado.
Com informações da Agência Senado
MNDH - Movimento Nacional de Direitos Humanos
Foi aprovado na última quarta-feira (15) pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), em decisão
terminativa, projeto determinando que se realize por ação penal pública o processo para julgar crimes de sedução,
corrupção de menores e rapto, nos casos em que a vítima for menor de 18 anos e o crime cometido sob grave ameaça ou
violência. De autoria da senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), a proposição recebeu o voto favorável do relator, senador
Demóstenes Torres (DEM-GO).
O parlamentar por Goiás esclarece que o Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40) determina que o processo judicial para
crimes contra a liberdade sexual, de sedução, corrupção de menores e rapto seja iniciado por ação penal privada, de
iniciativa da própria vítima ou de seu representante legal. Como exceção, a lei prevê ação pública quando a vítima ou seus
pais não puderem pagar as despesas do processo ou quando o crime for praticado "com abuso da qualidade de pai,
padrasto, tutor ou curador, quando resultar em lesão corporal grave ou morte".
Na justificação da proposta, Patrícia Saboya argumenta que tais condições têm sido insuficientes para eliminar o abuso
sexual contra crianças e adolescentes, "tendo em vista o pacto de silêncio instituído pelo temor da vítima a seu agressor".
No projeto (PLS 491/03), a senadora inclui entre as situações excepcionais, que justificariam a ação pública incondicional,
os casos em que a vítima é menor de idade e o crime cometido mediante violência ou ameaça.
Favorável à medida, Demóstenes Torres ressalta que a mudança proposta ao Código Penal contribuirá para reduzir os
casos de impunidade verificados em situações de abuso sexual de menores. Para o senador, a falta de entendimento do
menor sobre o ato sofrido, o medo ou a vergonha fazem com que, em muitas situações, a vítima não dê início à ação penal,
justificando assim a possibilidade de ação pública.
"Com a medida, o promotor de Justiça passa a ter obrigação de agir, assim que tomar conhecimento que o crime", explica
o relator.
Vista
O presidente da CCJ, senador Marco Maciel (DEM-PE), concedeu pedido de vista coletiva à emenda da Câmara ao PLS
54/04, que tipifica o crime de seqüestro relâmpago. O relator, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), apresentou voto
contrário ao substitutivo e manteve o texto original, de autoria do então senador Rodolpho Tourinho. Também foi
concedida vista coletiva ao PLC 3/07, que regulamenta o exercício das profissões de Técnico em Saúde Bucal e de
Auxiliar em Saúde Bucal. O relator, senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), apresentou voto favorável à proposição.
Ainda na reunião desta quarta-feira, foram retirados de pauta o PLC 130/08, que dispõe sobre criação de cargos em órgãos
do Executivo, o PLS 613/07, que aumenta penas para crimes de trânsito, e o PLS 194/06, dispõe sobre crimes cometidos
contra a Administração Pública. As matérias voltarão à agenda da CCJ nas próximas reuniões do colegiado.
Com informações da Agência Senado
MNDH - Movimento Nacional de Direitos Humanos
terça-feira, 14 de julho de 2009
A FABRICA DE DIPLOMAS
A FABRICA DE DIPLOMAS
Nunca vivemos um clima tão intenso de concorrência como estamos presenciando nos últimos anos, cada vez mais multiplicam-se o número de faculdades e escolas técnicas por esse Brasil afora. São números relativamente pequenos se compararmos com países europeus ou norte-americanos, contudo a chamada corrida para entrar no grupo dos países desenvolvidos, faz do nosso país uma fábrica de diplomas de nível superior, que muitas vezes tem que ser questionado quanto a qualidade oferecida em algumas instituições. O nível de satisfação desses empresários é tão grande que a cada dia, salas e salas são construidas da noite para o dia, é a busca pela "cultura" é o despertar do "conhecimento". Assim, milhares de jovens depois de muito empenho e luta, conseguem então o seu tão sonhado "canudo" e muitos deles não sabem, ou fingem que não sabem, que a grande batalha estar só no ínicio. É uma batalha cinematografica em prol do tão sonhado primeiro emprego(diga-se de passagem com nível superior, e a fábrica de diplomas jogam no mercado de trabalho jovens que na maioria das vezes frustam-se, por não conseguirem trabalhar na sua área de atuação, muitos deles fazem bicos ou continuam em seu antigo emprego. Para uns a luz no fim do túnel são os concursos públicos, que na verdade abrem poucas vagas e arrecadam milhões à custa dos sonhos de pessoas que investiram fortunas, se levarmos em conta o nível de vida e a classe social de muitos. Na verdade muitas das faculdades que funcionam dentro do nosso país não tem as mínimas condições de funcionamento, tanto em relação aos seus recursos físico, material e humano. Mas, precisamos melhorar nossa posição frente as grandes potencias, quanto mais pessoas com diploma na mão, melhor para nossos índices de desenvolvimento escolar. Entretanto os jovens brasileiros principalmente da rede pública, saem do ensino médio(em sua maioria) sem as mínimas condições de concorrer aos cargos públicos oferecidos pelas instituições e grandes empresas brasileiras, e as vagas quase sempre são preenchidas por pessoas oriundas de escolas particulares, isso se falarmos nos altos escalões corporativos, cabe aos filhos de pobres que estudaram em escolas públicas conformarem-se com empregos subalternos.
Prof Valdeci
Publicado no Recanto das Letras em 22/06/2009
Código do texto: T1662468
* Leciona na Escola João Bento da Costa
SE VOCÊ NÃO MUDAR, NADA MUDA... MUDE!!!!
Por sermos seres dotados de emoções desenvolvemos vários hábitos durante toda nossa vida. Grande parte destes costumes é adquirida durante nossa infância e adolescência, fases estas responsáveis pela formação de nossas referências e valores pessoais.
Os hábitos mais simples como guardar as cartinhas de amores passados, brinquedos quebrados, roupas que não nos servem mais e outros cacarecos são ocasionados por nos apegarmos a momentos que foram marcantes em nossas vidas. A cartinha daquele amor antigo traz, muitas vezes, a lembrança de instantes felizes que foram vividos ou uma esperança de poder desfrutar novamente um momento como aquele. A roupa que não serve mais mostra a maneira como nos comportávamos e pensávamos. Isso causa em nossa memória efeitos nostálgicos e melancólicos de um passado que não poderá se repetir, mas desejamos mantê-lo presente em nossas lembranças.
Juntando as décadas de nossa existência, acumulamos todos estes hábitos e apegos com mais outros que passaram a fazer parte de nossas experiências pessoais, profissionais e familiares. Amontoamos muitas coisas abstratas nessa relação, além de todos os objetos concretos agregados durante a vida.
Pode ser que pelo fato de trabalhar por longo período de tempo exercendo determinada atividade você passou a acreditar que aquela é somente a sua função. Habituou-se a executar alguma tarefa e passou a julgar que sua metodologia era a única a ser utilizada. Talvez, por ter implantado determinado projeto ou feito parte dele em algum momento acabou imaginando que se você deixar de participar, o projeto não sobreviverá.
As revoluções industriais ocorridas nos séculos passados exigiram grandes adaptações de todos. Foi desenvolvido o motor a vapor que passou a dar vida a aparelhos e locomotivas. A máquina de tear passou a produzir 24 mais fios do que as rudimentares existentes. As novas mudanças trouxeram fatos positivos para todos, até mesmo para os escravos.
Foi criado um novo descaroçador de algodão que tinha capacidade para trabalhar mil libras de algodão, enquanto que ao mesmo tempo, um escravo trabalhava apenas cinco. Ou seja, a máquina fazia o serviço de 200 escravos e não precisava ser alimentada, não adoecia nem precisava ser controlada. Apenas exigia a manutenção e alguém para operá-la.
Esta inovação com certeza passou a colaborar para um futuro promissor àqueles que eram escravos e teriam sua liberdade em breve, graças a uma boa idéia e a uma máquina bem desenvolvida. A propósito, não podemos esquecer que alguém precisou adaptar-se às mudanças e inovações aprendendo a utilizar aquela nova ferramenta de trabalho. Também garantiu seu emprego e diferenciou-se da maioria dos trabalhadores que não tinham conhecimento nem habilidades para lidar com a nova máquina.
Aceitar e nos adaptar às mudanças que ocorrem à nossa volta, nem sempre é confortável. Mudar, para alguns, acaba sendo extraordinariamente complicado e até traumático, pois se trata de fazer uma reanálise dos conceitos e atitudes. Sempre existirá uma resistência, mesmo que implícita, para as transformações e tomadas de decisões que julgamos radicais para nossas vidas.
Temos receios da nova tecnologia desenvolvida. Medo que venha a nos substituir. Mas é necessário compreender que as modificações têm, por finalidade, na maioria das vezes, proporcionar melhorias a você, a sua família e a todos de sua equipe de trabalho. Sempre será necessário existir alguém para operacionalizar as tecnologias existentes, desde que esteja preparado para se envolver com elas.
A felicidade e realização não estão condicionadas apenas ao passado ou ao que sempre fizemos. As mudanças existem para melhorar a qualidade de vida e proporcionar o desenvolvimento de todos. Sem o avanço tecnológico, sem as mudanças e inovações existentes, talvez este artigo não estivesse ao alcance de todos. Tanto este texto, quanto a previsão do tempo, os pacotes de viagens, os filmes que você assiste com a família, o cartão de crédito, o forno de microondas, as comidas congeladas e todas as invenções que direta e indiretamente contribuíram para facilitar nossas vidas hoje.
Enfim, mude, reveja seus conceitos e seja feliz com suas novas descobertas e adaptações. O mundo continuará a funcionar caso você opte por realizar algo diferente, outra atividade e até mesmo se você viajar de férias para outro lugar e não apenas para a mesma pousada que freqüenta há décadas.
Os hábitos mais simples como guardar as cartinhas de amores passados, brinquedos quebrados, roupas que não nos servem mais e outros cacarecos são ocasionados por nos apegarmos a momentos que foram marcantes em nossas vidas. A cartinha daquele amor antigo traz, muitas vezes, a lembrança de instantes felizes que foram vividos ou uma esperança de poder desfrutar novamente um momento como aquele. A roupa que não serve mais mostra a maneira como nos comportávamos e pensávamos. Isso causa em nossa memória efeitos nostálgicos e melancólicos de um passado que não poderá se repetir, mas desejamos mantê-lo presente em nossas lembranças.
Juntando as décadas de nossa existência, acumulamos todos estes hábitos e apegos com mais outros que passaram a fazer parte de nossas experiências pessoais, profissionais e familiares. Amontoamos muitas coisas abstratas nessa relação, além de todos os objetos concretos agregados durante a vida.
Pode ser que pelo fato de trabalhar por longo período de tempo exercendo determinada atividade você passou a acreditar que aquela é somente a sua função. Habituou-se a executar alguma tarefa e passou a julgar que sua metodologia era a única a ser utilizada. Talvez, por ter implantado determinado projeto ou feito parte dele em algum momento acabou imaginando que se você deixar de participar, o projeto não sobreviverá.
As revoluções industriais ocorridas nos séculos passados exigiram grandes adaptações de todos. Foi desenvolvido o motor a vapor que passou a dar vida a aparelhos e locomotivas. A máquina de tear passou a produzir 24 mais fios do que as rudimentares existentes. As novas mudanças trouxeram fatos positivos para todos, até mesmo para os escravos.
Foi criado um novo descaroçador de algodão que tinha capacidade para trabalhar mil libras de algodão, enquanto que ao mesmo tempo, um escravo trabalhava apenas cinco. Ou seja, a máquina fazia o serviço de 200 escravos e não precisava ser alimentada, não adoecia nem precisava ser controlada. Apenas exigia a manutenção e alguém para operá-la.
Esta inovação com certeza passou a colaborar para um futuro promissor àqueles que eram escravos e teriam sua liberdade em breve, graças a uma boa idéia e a uma máquina bem desenvolvida. A propósito, não podemos esquecer que alguém precisou adaptar-se às mudanças e inovações aprendendo a utilizar aquela nova ferramenta de trabalho. Também garantiu seu emprego e diferenciou-se da maioria dos trabalhadores que não tinham conhecimento nem habilidades para lidar com a nova máquina.
Aceitar e nos adaptar às mudanças que ocorrem à nossa volta, nem sempre é confortável. Mudar, para alguns, acaba sendo extraordinariamente complicado e até traumático, pois se trata de fazer uma reanálise dos conceitos e atitudes. Sempre existirá uma resistência, mesmo que implícita, para as transformações e tomadas de decisões que julgamos radicais para nossas vidas.
Temos receios da nova tecnologia desenvolvida. Medo que venha a nos substituir. Mas é necessário compreender que as modificações têm, por finalidade, na maioria das vezes, proporcionar melhorias a você, a sua família e a todos de sua equipe de trabalho. Sempre será necessário existir alguém para operacionalizar as tecnologias existentes, desde que esteja preparado para se envolver com elas.
A felicidade e realização não estão condicionadas apenas ao passado ou ao que sempre fizemos. As mudanças existem para melhorar a qualidade de vida e proporcionar o desenvolvimento de todos. Sem o avanço tecnológico, sem as mudanças e inovações existentes, talvez este artigo não estivesse ao alcance de todos. Tanto este texto, quanto a previsão do tempo, os pacotes de viagens, os filmes que você assiste com a família, o cartão de crédito, o forno de microondas, as comidas congeladas e todas as invenções que direta e indiretamente contribuíram para facilitar nossas vidas hoje.
Enfim, mude, reveja seus conceitos e seja feliz com suas novas descobertas e adaptações. O mundo continuará a funcionar caso você opte por realizar algo diferente, outra atividade e até mesmo se você viajar de férias para outro lugar e não apenas para a mesma pousada que freqüenta há décadas.
domingo, 12 de julho de 2009
BRASILEIRO NÃO É CRIATIVO
O mito de que o brasileiro é "criativo por natureza" é apenas isso, um mito. Em essência, o perfil autocrático da sociedade brasileira, que desestimula a iniciativa das pessoas, faz com que o brasileiro, de modo geral, tenha pouca criatividade.
"Frequentemente ouvimos que o brasileiro, famoso por seu ‘jeitinho', é uma pessoa criativo.O que mais escuto das pessoas são queixas sobre o fato de que elas não se sentem pessoas criativas.
O fato é que em praticamente todos os países pobres acredita-se que o povo ‘é criativo', mas essa afirmação não se comprova na prática. Basta ver o número de patentes registradas no Brasil todos os anos, comparativamente a países como Estados Unidos ou muitos outros asiáticos", assinala Benetti, que também integra a Associação Brasileira de Criatividade e Inovação.
Segundo Benetti, as relações sociais no Brasil são autocráticas, ou seja, espera-se que as ideias e as respostas venham sempre do chefe, do líder, do presidente. Isso inibe drasticamente a criatividade, pois não ser criativo passa a ser um fator de sobrevivência em um mundo que exige a acomodação.
"A criatividade está em todos nós, mas precisa ser estimulada. É importante que as empresas percebam que a inovação, a criatividade dependem não apenas das pessoas, mas também de um ambiente que as estimule, de processos que as viabilizem e da sua materialização em um resultado, um produto, uma ação".
Nas empresas extremamente hierarquizadas, onde as pessoas são instaladas a procederem segundo normas mais ou menos inflexíveis, é praticamente impossível esperar que aconteça o fenômeno da inovação, pois os empregados, de modo geral, vão evitar as situações de conflito. Dependendo da indústria, do segmento onde a empresa atua, cerca de metade das boas ideias que a empresa adota pode vir dos empregados. "Mas há setores onde 90% das melhores ideias vêm dos clientes, o que revela a importância de programas que deem aos clientes oportunidades de se expressar e interagir com você. A capacidade de uma empresa de inovar sua posição no mercado será cada vez mais determinante do sucesso no futuro. "Notamos que as empresas criativas, inovadoras, trazem isso em seu DNA. Elas não têm problema algum para inovar, sabem como fazê-lo. Sua maior dificuldade está somente em encontrar uma boa ideia", isso aplica-se tanto em empresas como escolas.
O primeiro passo para inovar de fato é atuar no sentido de criar um ambiente que favoreça a inovação e isso passa por profundas mudanças nas relações de trabalho. "É por isso que o tema da inovação afeta, diretamente, as áreas de Recursos Humanos, pois cabe a elas criar o ambiente ideal, que vai favorecer a criatividade. Isso passa pela revisão de modelos de gestão de pessoas e é algo que demanda tempo, perseverança e, acima de tudo, vontade de ser inovador".
Mas, vale lembrar : o caminho para inovar e mostrar sua criatividade não é fácil, pode esbarrar-se em interesse pessoais ou de grupos!
"Frequentemente ouvimos que o brasileiro, famoso por seu ‘jeitinho', é uma pessoa criativo.O que mais escuto das pessoas são queixas sobre o fato de que elas não se sentem pessoas criativas.
O fato é que em praticamente todos os países pobres acredita-se que o povo ‘é criativo', mas essa afirmação não se comprova na prática. Basta ver o número de patentes registradas no Brasil todos os anos, comparativamente a países como Estados Unidos ou muitos outros asiáticos", assinala Benetti, que também integra a Associação Brasileira de Criatividade e Inovação.
Segundo Benetti, as relações sociais no Brasil são autocráticas, ou seja, espera-se que as ideias e as respostas venham sempre do chefe, do líder, do presidente. Isso inibe drasticamente a criatividade, pois não ser criativo passa a ser um fator de sobrevivência em um mundo que exige a acomodação.
"A criatividade está em todos nós, mas precisa ser estimulada. É importante que as empresas percebam que a inovação, a criatividade dependem não apenas das pessoas, mas também de um ambiente que as estimule, de processos que as viabilizem e da sua materialização em um resultado, um produto, uma ação".
Nas empresas extremamente hierarquizadas, onde as pessoas são instaladas a procederem segundo normas mais ou menos inflexíveis, é praticamente impossível esperar que aconteça o fenômeno da inovação, pois os empregados, de modo geral, vão evitar as situações de conflito. Dependendo da indústria, do segmento onde a empresa atua, cerca de metade das boas ideias que a empresa adota pode vir dos empregados. "Mas há setores onde 90% das melhores ideias vêm dos clientes, o que revela a importância de programas que deem aos clientes oportunidades de se expressar e interagir com você. A capacidade de uma empresa de inovar sua posição no mercado será cada vez mais determinante do sucesso no futuro. "Notamos que as empresas criativas, inovadoras, trazem isso em seu DNA. Elas não têm problema algum para inovar, sabem como fazê-lo. Sua maior dificuldade está somente em encontrar uma boa ideia", isso aplica-se tanto em empresas como escolas.
O primeiro passo para inovar de fato é atuar no sentido de criar um ambiente que favoreça a inovação e isso passa por profundas mudanças nas relações de trabalho. "É por isso que o tema da inovação afeta, diretamente, as áreas de Recursos Humanos, pois cabe a elas criar o ambiente ideal, que vai favorecer a criatividade. Isso passa pela revisão de modelos de gestão de pessoas e é algo que demanda tempo, perseverança e, acima de tudo, vontade de ser inovador".
Mas, vale lembrar : o caminho para inovar e mostrar sua criatividade não é fácil, pode esbarrar-se em interesse pessoais ou de grupos!
PROJETO DE CARREIRA: Você tem um?
Nesta era da globalização, marcada por demasiada competitividade, mudanças e incertezas, torna-se imprescindível que cada pessoa elabore e mantenha sempre atualizado o seu projeto de carreira. O projeto de carreira contribuirá para que o profissional não apenas sobreviva neste mercado altamente competitivo, mas que ele alcance desenvolvimento e crescimento em suas atividades. Dessa forma, garantirá sua empregabilidade, impedindo-o de correr o risco não só da estagnação, mas também de ser pisoteado no mercado, evitando a sua expulsão.
O maior responsável pela elaboração do projeto de carreira é o profissional. Ninguém fará isso por você. Apenas você saberá quais são os seus anseios, as suas necessidades, os seus objetivos, os seus desejos e aonde quer chegar.
O projeto de carreira deverá ser elaborado com muita atenção, pois será o seu plano de vida profissional. Por isso, é indispensável que você faça uma verdadeira auto-análise - que é uma ferramenta valiosa para o seu autoconhecimento.
A elaboração de um projeto de carreira implica a relação de pensar e repensar o passado, o presente, bem como o futuro de forma cautelosa. É o exercício de refletir quanto ao profissional que você é, e aquele que deseja ser. É preciso que você coloque no papel quais são as suas metas, as suas habilidades, as suas competências, as suas atitudes, os seus comportamentos e os seus conhecimentos.
É necessário, também, reconhecer quais são seus pontos fracos e fortes, quais estratégias traçar para transformar sua fraqueza em força, e melhorar. Enfim, quais medidas tomar para investir em você, quando, como e onde. Para facilitar, trace um cronograma. No projeto de carreira deve ficar claro quais providências cabíveis tomar para que você concretize seu plano e alcance o retorno esperado.
Ter bom senso, ser flexível e realista é de fundamental importância quando da elaboração de um projeto de carreira. No entanto, vale lembrar que, toda e qualquer pessoa deve sonhar, pois, o sonho irá impulsioná-lo à ação.
É de suma importância ressaltar que este projeto de carreira é um roteiro que irá contribuir e muito para o seu desenvolvimento e o crescimento profissional, uma vez que terá suas metas escritas de forma clara e definida. Portanto, ele deverá ser monitorado sistematicamente, reformulado e atualizado. O trabalhador deverá ficar sempre atento quanto às atividades almejadas e persegui-las sempre, para assim, obter êxito quanto às ações traçadas.
Lembre-se sempre de que o projeto de carreira terá a sua "cara"; logo, além de anseios, desejos, metas e objetivos, estarão relacionados, ao mesmo, seus princípios e valores, bem como sua conduta ética. É imprescindível ter em mente que comportamento e atitude são cruciais em sua profissão, uma vez que podem influenciar de forma negativa ou positiva na mesma, e isto merece atenção especial.
Torna-se necessário repensar sobre suas atitudes, além dos seus comportamentos, realizando a reeducação, para evitar futuros dissabores, o que poderá comprometer todo o seu planejamento.
Talvez, ao final de seu plano, você até se surpreenda como, por exemplo, chegue a concluir que, para alcançar o que espera, deverá migrar de um departamento para outro, mudar de cargo ou até trocar de organização. E então, torna-se necessário fazer o seu currículo e enviá-lo às empresas-alvo, para assim, viabilizar a concretização de seu projeto.
É importante salientar que é através do projeto de carreira que o ser humano enxergará as oportunidades e que este é de grande valia, pois, além de contribuir na reestruturação da vida profissional, impulsionando-a para melhor, contribuirá também para que esta pessoa faça o diferencial no mercado.
Vale ressaltar que o seu caminho e a forma de caminhar é sempre você quem define. Portanto, saber aonde quer chegar e como fazer para alcançar o resultado esperado é de fundamental importância para qualquer profissional que hoje se encontra neste mercado globalizado e competitivo.
É necessário conscientizar-se que a carreira é o seu maior bem e que o maior interessado nela é você mesmo. Sendo assim, cuidar de sua carreira passa a ser mais do que uma obrigação, passa a ser um dever; e esta responsabilidade é inteiramente sua.
Professor Valdeci Ribeiro leciona na Escola João Bento da Costa
O maior responsável pela elaboração do projeto de carreira é o profissional. Ninguém fará isso por você. Apenas você saberá quais são os seus anseios, as suas necessidades, os seus objetivos, os seus desejos e aonde quer chegar.
O projeto de carreira deverá ser elaborado com muita atenção, pois será o seu plano de vida profissional. Por isso, é indispensável que você faça uma verdadeira auto-análise - que é uma ferramenta valiosa para o seu autoconhecimento.
A elaboração de um projeto de carreira implica a relação de pensar e repensar o passado, o presente, bem como o futuro de forma cautelosa. É o exercício de refletir quanto ao profissional que você é, e aquele que deseja ser. É preciso que você coloque no papel quais são as suas metas, as suas habilidades, as suas competências, as suas atitudes, os seus comportamentos e os seus conhecimentos.
É necessário, também, reconhecer quais são seus pontos fracos e fortes, quais estratégias traçar para transformar sua fraqueza em força, e melhorar. Enfim, quais medidas tomar para investir em você, quando, como e onde. Para facilitar, trace um cronograma. No projeto de carreira deve ficar claro quais providências cabíveis tomar para que você concretize seu plano e alcance o retorno esperado.
Ter bom senso, ser flexível e realista é de fundamental importância quando da elaboração de um projeto de carreira. No entanto, vale lembrar que, toda e qualquer pessoa deve sonhar, pois, o sonho irá impulsioná-lo à ação.
É de suma importância ressaltar que este projeto de carreira é um roteiro que irá contribuir e muito para o seu desenvolvimento e o crescimento profissional, uma vez que terá suas metas escritas de forma clara e definida. Portanto, ele deverá ser monitorado sistematicamente, reformulado e atualizado. O trabalhador deverá ficar sempre atento quanto às atividades almejadas e persegui-las sempre, para assim, obter êxito quanto às ações traçadas.
Lembre-se sempre de que o projeto de carreira terá a sua "cara"; logo, além de anseios, desejos, metas e objetivos, estarão relacionados, ao mesmo, seus princípios e valores, bem como sua conduta ética. É imprescindível ter em mente que comportamento e atitude são cruciais em sua profissão, uma vez que podem influenciar de forma negativa ou positiva na mesma, e isto merece atenção especial.
Torna-se necessário repensar sobre suas atitudes, além dos seus comportamentos, realizando a reeducação, para evitar futuros dissabores, o que poderá comprometer todo o seu planejamento.
Talvez, ao final de seu plano, você até se surpreenda como, por exemplo, chegue a concluir que, para alcançar o que espera, deverá migrar de um departamento para outro, mudar de cargo ou até trocar de organização. E então, torna-se necessário fazer o seu currículo e enviá-lo às empresas-alvo, para assim, viabilizar a concretização de seu projeto.
É importante salientar que é através do projeto de carreira que o ser humano enxergará as oportunidades e que este é de grande valia, pois, além de contribuir na reestruturação da vida profissional, impulsionando-a para melhor, contribuirá também para que esta pessoa faça o diferencial no mercado.
Vale ressaltar que o seu caminho e a forma de caminhar é sempre você quem define. Portanto, saber aonde quer chegar e como fazer para alcançar o resultado esperado é de fundamental importância para qualquer profissional que hoje se encontra neste mercado globalizado e competitivo.
É necessário conscientizar-se que a carreira é o seu maior bem e que o maior interessado nela é você mesmo. Sendo assim, cuidar de sua carreira passa a ser mais do que uma obrigação, passa a ser um dever; e esta responsabilidade é inteiramente sua.
Professor Valdeci Ribeiro leciona na Escola João Bento da Costa
sábado, 11 de julho de 2009
DE QUEM É O PROBLEMA?
A educação brasileira tá um "caos",é o que se ouve pelos quatro cantos deste país; Só os governantes não entendem que pra sairmos deste quadro avassalador e cruel é preciso que invista-se na base do sistema.
Eles não entendem e pensam que a base é o ensino fundamental para crianças, outros até acreditam ser a base o ensino médio. Ah! se eles descubrissem e acordassem para saber que não existe uma boa educação, sem bons professores. Porque para ser bom, as coisas tem que andarem bem na vida profissional e social e quem sabe até espiritual...
Não entendem que a relação entre o ensino-aprendizagem, é feita a principio na relação aluno-professor, que o professor "já foi" para muitos personagens de sonhos de crianças.
Pobres crianças que não querem mais "ser" professor quando crescer; Pobres crianças que não terão mais professores para ensiná-los, pois tudo leva a crêr, que seremos uma espécie em extinção daqui à uma ou duas décadas.
Enquanto em outras profissões, quanto mais ano de serviço prestado, você é visto como um profissional conceituado e experiente, não teremos na educação esse privilégio; Porque os bons professores, migram mais e mais, a cada ano para outros empregos em busca de sálarios justos e dignos. Assim a educação vai ficando nas mãos de jovens que fazem da educação um "bico" ou trampolim para chegar a um emprego melhor quanto a sua valoração como pessoa.
Já tivemos políticos que abriram a boca para dizer: "se querem ganhar melhor, que estudem para outros concursos públicos", já nos chamaram de vagabundos, sem classe, sem "catigoria". No entanto temos "educadores" isso mesmo, colegas de profissão que acredita que está na educação até hoje, porque é um incopetente, por não ater conseguido passar em outro Curso Universitário, que não fosse o da Licenciatura...
E o problemas vai aumentando a cada ano lque passa, as escolas brasileiras estão numa corrida para chegar no nível dos países desenvolvidos, quanto menos analfabetos tivermos melhor, quanto mais pessoas com diplomas de "nível" Superior, estaremos nos igualando aos países de primeiro mundo. Será? As escolas brasileiras estão formando analfabetos funcionais, que não conseguem fazer uma mísera interpretação de texto! Já não se reprova mais como antigamente! De quem é o problema?
RACISMO: "Então é verdade, no Brasil é duro ser negro?"
RACISMO:
A mais importante atriz de Moçambique diz ter sofrido discriminação racial em São Paulo
by Eliane Brum - Revista Época
Fazia tempo que eu não sentia tanta vergonha. Terminava a entrevista com a bela Lucrécia Paco, a maior atriz moçambicana, no início da tarde desta sexta-feira, 19/6, quando fiz aquela pergunta clássica, que sempre parece obrigatória quando entrevistamos algum negro no Brasil ou fora dele. "Você já sofreu discriminação por ser negra?". Eu imaginava que sim. Afinal, Lucrécia nasceu antes da independência de Moçambique e viaja com suas peças teatrais pelo mundo inteiro. Eu só não imaginava a resposta: "Sim. Ontem".Lucrécia falou com ênfase. E com dor. "Aqui?", eu perguntei, num tom mais alto que o habitual. "Sim, no Shopping Paulista, quando estava na fila da casa de câmbio trocando meus últimos dólares", contou. "Como assim?", perguntei, sentindo meu rosto ficar vermelho.Ela estava na fila da casa de câmbio, quando a mulher da frente, branca, loira, se virou para ela: "Ai, minha bolsa", apertando a bolsa contra o corpo. Lucrécia levou um susto. Ela estava longe, pensando na timbila, um instrumento tradicional moçambicano, semelhante a um xilofone, que a acompanha na peça que estreará nesta sexta-feira e ainda não havia chegado a São Paulo. Imaginou que havia encostado, sem querer, na bolsa da mulher. "Desculpa, eu nem percebi", disse.A mulher tornou-se ainda mais agressiva. "Ah, agora diz que tocou sem querer?", ironizou. "Pois eu vou chamar os seguranças, vou chamar a polícia de imigração." Lucrécia conta que se sentiu muito humilhada, que parecia que a estavam despindo diante de todos. Mas reagiu. "Pois a senhora saiba que eu não sou imigrante. Nem quero ser. E saiba também que os brasileiros estão chegando aos milhares para trabalhar nas obras de Moçambique e nós os recebemos de braços abertos."A mulher continuou resmungando. Um segurança apareceu na porta. Lucrécia trocou seus dólares e foi embora. Mal, muito mal. Seus colegas moçambicanos, que a esperavam do lado de fora, disseram que era para esquecer. Nenhum deles sabia que no Brasil o racismo é crime inafiançável. Como poderiam?Lucrécia não consegue esquecer. "Não pude dormir à noite, fiquei muito mal", diz. "Comecei a ficar paranoica, a ver sinais de discriminação no restaurante, em todo o lugar que ia. E eu não quero isso pra mim." Em seus 39 anos de vida dura, num país que foi colônia portuguesa até 1975 e, depois, devastado por 20 anos de guerra civil, Lucrécia nunca tinha passado por nada assim. "Eu nunca fui discriminada dessa maneira", diz. "Dá uma dor na gente. "Ela veio ao Brasil a convite do Itaú Cultural, que realiza até 26 de junho, em São Paulo, o Antídoto – Seminário Internacional de Ações Culturais em Zonas de Conflito. Lucrécia apresentará de hoje a domingo (19 a 22/6), sempre às 20h, a peça Mulher Asfalto. Nela, interpreta uma prostituta que, diante de seu corpo violado de todas as formas, só tem a palavra para se manter viva.Lucrécia e o autor do texto, Alain-Kamal Martial, estavam em Madagáscar, em 2005, quando assistiram, impotentes, uma prostituta ser brutalmente espancada por um policial nas ruas da capital, Antananarivo. A mulher caía no chão e se levantava. Caía de novo e mais uma vez se levantava. Caía e se levantava sem deixar de falar. Isso se repetiu até que nem mesmo eles puderam continuar assistindo. "Era a palavra que a fazia levantar", diz Lucrécia. "Sua voz a manteve viva." Foi assim que surgiu o texto, como uma forma de romper a impotência e levar aquela voz simbólica para os palcos do mundo.Mais tarde, em 2007, Lucrécia montou o atual espetáculo quando uma quadrilha de traficantes de meninas foi desbaratada em Moçambique. Eles sequestravam crianças e as levavam à África do Sul. Uma menina morreu depois de ser violada de todas as maneiras com uma chave de fenda. Lucrécia sentiu-se novamente confrontada. E montou o Mulher Asfalto.
Não poderia imaginar que também ela se sentiria violada e impotente, quase sem voz, diante da cliente de um shopping em um outro continente, na cidade mais rica e moderna do Brasil. Nesta manhã de sexta-feira, Lucrécia estava abatida, esquecendo palavras. Trocou o horário da entrevista, depois errou o local. Lucrécia não está bem. E vai precisar de toda a sua voz – e de todas as palavras – para encarnar sua personagem nesta noite de estréia.
"Fiquei pensando", me disse. "Será que então é verdade? Que no Brasil é difícil ser negro? Que a vida é muito dura para um preto no Brasil?" Eu fiquei muda. A vergonha arrancou a minha voz.
A mais importante atriz de Moçambique diz ter sofrido discriminação racial em São Paulo
by Eliane Brum - Revista Época
Fazia tempo que eu não sentia tanta vergonha. Terminava a entrevista com a bela Lucrécia Paco, a maior atriz moçambicana, no início da tarde desta sexta-feira, 19/6, quando fiz aquela pergunta clássica, que sempre parece obrigatória quando entrevistamos algum negro no Brasil ou fora dele. "Você já sofreu discriminação por ser negra?". Eu imaginava que sim. Afinal, Lucrécia nasceu antes da independência de Moçambique e viaja com suas peças teatrais pelo mundo inteiro. Eu só não imaginava a resposta: "Sim. Ontem".Lucrécia falou com ênfase. E com dor. "Aqui?", eu perguntei, num tom mais alto que o habitual. "Sim, no Shopping Paulista, quando estava na fila da casa de câmbio trocando meus últimos dólares", contou. "Como assim?", perguntei, sentindo meu rosto ficar vermelho.Ela estava na fila da casa de câmbio, quando a mulher da frente, branca, loira, se virou para ela: "Ai, minha bolsa", apertando a bolsa contra o corpo. Lucrécia levou um susto. Ela estava longe, pensando na timbila, um instrumento tradicional moçambicano, semelhante a um xilofone, que a acompanha na peça que estreará nesta sexta-feira e ainda não havia chegado a São Paulo. Imaginou que havia encostado, sem querer, na bolsa da mulher. "Desculpa, eu nem percebi", disse.A mulher tornou-se ainda mais agressiva. "Ah, agora diz que tocou sem querer?", ironizou. "Pois eu vou chamar os seguranças, vou chamar a polícia de imigração." Lucrécia conta que se sentiu muito humilhada, que parecia que a estavam despindo diante de todos. Mas reagiu. "Pois a senhora saiba que eu não sou imigrante. Nem quero ser. E saiba também que os brasileiros estão chegando aos milhares para trabalhar nas obras de Moçambique e nós os recebemos de braços abertos."A mulher continuou resmungando. Um segurança apareceu na porta. Lucrécia trocou seus dólares e foi embora. Mal, muito mal. Seus colegas moçambicanos, que a esperavam do lado de fora, disseram que era para esquecer. Nenhum deles sabia que no Brasil o racismo é crime inafiançável. Como poderiam?Lucrécia não consegue esquecer. "Não pude dormir à noite, fiquei muito mal", diz. "Comecei a ficar paranoica, a ver sinais de discriminação no restaurante, em todo o lugar que ia. E eu não quero isso pra mim." Em seus 39 anos de vida dura, num país que foi colônia portuguesa até 1975 e, depois, devastado por 20 anos de guerra civil, Lucrécia nunca tinha passado por nada assim. "Eu nunca fui discriminada dessa maneira", diz. "Dá uma dor na gente. "Ela veio ao Brasil a convite do Itaú Cultural, que realiza até 26 de junho, em São Paulo, o Antídoto – Seminário Internacional de Ações Culturais em Zonas de Conflito. Lucrécia apresentará de hoje a domingo (19 a 22/6), sempre às 20h, a peça Mulher Asfalto. Nela, interpreta uma prostituta que, diante de seu corpo violado de todas as formas, só tem a palavra para se manter viva.Lucrécia e o autor do texto, Alain-Kamal Martial, estavam em Madagáscar, em 2005, quando assistiram, impotentes, uma prostituta ser brutalmente espancada por um policial nas ruas da capital, Antananarivo. A mulher caía no chão e se levantava. Caía de novo e mais uma vez se levantava. Caía e se levantava sem deixar de falar. Isso se repetiu até que nem mesmo eles puderam continuar assistindo. "Era a palavra que a fazia levantar", diz Lucrécia. "Sua voz a manteve viva." Foi assim que surgiu o texto, como uma forma de romper a impotência e levar aquela voz simbólica para os palcos do mundo.Mais tarde, em 2007, Lucrécia montou o atual espetáculo quando uma quadrilha de traficantes de meninas foi desbaratada em Moçambique. Eles sequestravam crianças e as levavam à África do Sul. Uma menina morreu depois de ser violada de todas as maneiras com uma chave de fenda. Lucrécia sentiu-se novamente confrontada. E montou o Mulher Asfalto.
Não poderia imaginar que também ela se sentiria violada e impotente, quase sem voz, diante da cliente de um shopping em um outro continente, na cidade mais rica e moderna do Brasil. Nesta manhã de sexta-feira, Lucrécia estava abatida, esquecendo palavras. Trocou o horário da entrevista, depois errou o local. Lucrécia não está bem. E vai precisar de toda a sua voz – e de todas as palavras – para encarnar sua personagem nesta noite de estréia.
"Fiquei pensando", me disse. "Será que então é verdade? Que no Brasil é difícil ser negro? Que a vida é muito dura para um preto no Brasil?" Eu fiquei muda. A vergonha arrancou a minha voz.
O PROFISSIONAL DO FUTURO
O que vai garantir sucesso, liderança e inovação do profissional do futuro?
Com a globalização e o desenvolvimento da informação, qual será a educação necessária para definir competência, inteligência ideal, tipo de formação e capacidade gerencial?
Estamos acompanhando profundas alterações nos conceitos formadores do profissional ideal, seus valores e qualificações. Hoje, desempenho acadêmico não é garantia de sucesso na vida, os testes de Q. I já não garantem o futuro bem sucedido, como nos informa Robert J. Sternberg, professor de psicologia e educação da IBM e do departamento de psicologia da universidade de Yale. Nos relata o professor que é preciso muito mais do que as informações acadêmicas tradicionais, é necessário um conjunto de habilidades intelectuais desenvolvidas por padrões próprios ou adquiridos, classificando essas habilidades como "inteligência prática".
Inteligência emocional, prática ou qualquer outro novo conceito de inteligência fundamental para o sucesso, o que realmente importa é que os valores do homem do futuro estão se transformando e, conseqüentemente, sua educação será baseada em novos conceitos.
Nos relata Peter Drucker, o guru dos gurus da administração, hoje com 90 anos, que " o desenvolvimento real que já vi no pessoal das empresas, principalmente nas maiores, vem do seu trabalho como voluntários em uma organização", nos afirmando ainda que o mundo dos negócios vai se desenvolver realmente quando aprendermos a trabalhar em organizações sociais sem fins lucrativos como voluntários, aprendendo dessa forma a conhecer nossos reais valores.
A educação para o profissional do futuro será pautada em valores morais, em compromisso com a verdade, com o futuro das pessoas que fazem parte de uma organização.
Ela será formada por hábitos novos, de amor, ética, integridade e de auto conhecimento, permitindo ao homem moderno renovar-se intimamente para o bem de toda uma sociedade.
Surge então a necessidade da implantação e implementação da disciplina de Sociologia nas escolas, como fator humanizador das futuras gerações. Precisamos urgentemente fazer uma reflexão sobre nossos valores, para que nossos contatos profissionais e familiares não terminem em conflitos sociais.
Com a globalização e o desenvolvimento da informação, qual será a educação necessária para definir competência, inteligência ideal, tipo de formação e capacidade gerencial?
Estamos acompanhando profundas alterações nos conceitos formadores do profissional ideal, seus valores e qualificações. Hoje, desempenho acadêmico não é garantia de sucesso na vida, os testes de Q. I já não garantem o futuro bem sucedido, como nos informa Robert J. Sternberg, professor de psicologia e educação da IBM e do departamento de psicologia da universidade de Yale. Nos relata o professor que é preciso muito mais do que as informações acadêmicas tradicionais, é necessário um conjunto de habilidades intelectuais desenvolvidas por padrões próprios ou adquiridos, classificando essas habilidades como "inteligência prática".
Inteligência emocional, prática ou qualquer outro novo conceito de inteligência fundamental para o sucesso, o que realmente importa é que os valores do homem do futuro estão se transformando e, conseqüentemente, sua educação será baseada em novos conceitos.
Nos relata Peter Drucker, o guru dos gurus da administração, hoje com 90 anos, que " o desenvolvimento real que já vi no pessoal das empresas, principalmente nas maiores, vem do seu trabalho como voluntários em uma organização", nos afirmando ainda que o mundo dos negócios vai se desenvolver realmente quando aprendermos a trabalhar em organizações sociais sem fins lucrativos como voluntários, aprendendo dessa forma a conhecer nossos reais valores.
A educação para o profissional do futuro será pautada em valores morais, em compromisso com a verdade, com o futuro das pessoas que fazem parte de uma organização.
Ela será formada por hábitos novos, de amor, ética, integridade e de auto conhecimento, permitindo ao homem moderno renovar-se intimamente para o bem de toda uma sociedade.
Surge então a necessidade da implantação e implementação da disciplina de Sociologia nas escolas, como fator humanizador das futuras gerações. Precisamos urgentemente fazer uma reflexão sobre nossos valores, para que nossos contatos profissionais e familiares não terminem em conflitos sociais.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Pensando Sociologia
* A SOCIOLOGIA teve como pioneiro August Comtê, francês que com sua teoria positivista (importância do capital para o crescimento do conhecimento), que foi uma reação das teorias socialistas. Recomendou que em qualquer área de estudo deveria ter a busca da TEORIA CIENTÍFICA, mas que deveria ter uma NEUTRALIDADE TOTAL, ou seja, não deixar que suas emoções influenciassem a pesquisa científica em si. Segundo Lakatos, Comtê não foi totalmente neutro.
DURKEIM
Para Durkeim o desenvolvimento da sociologia como ciência, independente das demais ciências sociais. Durkeim definiu objetos de estudos e metodologias. Durkeim fala sobre fatos sociais, consciência coletiva, solidariedade mecânica, divisão do trabalho social, estado social e método de estudo. Seguidor de Comtê, Durkeim criou o estudo da sociologia, ou seja, como, quando e onde a sociologia deve estudar.O objeito seria o fato social em si para se estudar a sociedade, ele é preciso ser visto como um objeto (coisa) sem que o sociólogo se envolva pessoalmente.
OS FATOS SOCIAIS são regras e normas.
Coercivas (impor obediência)
Exteriores ao indivíduo
CONSCIÊNCIA COLETIVA:
Ver Sentir Agir
SOLIDARIEDADE MECÂNICA:
União por semelhanças
Costumes
Tradições Religiosas
SOLIDARIEDADE ORGÂNICA
Sociedade capitalista/ industrializadas
União interdependencia
DIVISÃO DO TRABALHO
Primitivas (fator biológico: sexo e idade)
Soc Capitalista (Sociedade tem mais autonomia é conferida)J
urídico (Estado; Legislativo e executivo)
AMONA: Ausência de regras
KARL MARX
Ligado ao MATERIALISMO HISTÓRICO, sua contribuição para a sociologia que: as relações sociais provém do mode de produção. As relações sociais são relações que o homem estabelece para produção, distribuição e bens de consumo. O modo de produção são os conjuntos das relações dos produtos.
AS RELAÇÕES DAS TÉCNICAS DE PRODUÇÃO
processo de trabalho (força humana + ferramentas).
SISTEMA DE PRODUÇÃO (produção, distribuição, circulação e consumo)
DIVISÃO DO TRABALHO -> Proprietários e não proprietários das ferramentas e meio de produção.
MUDANÇA SOCIAL -> Origem no "choque" de interesses entre as forças produtivas e operáriasMarks não era sociólogo mas contribuiu muito para a sociologia, escreveu para os operários na guerra contra seus patrôes, ele esclarecia como eram as formas de trabalho. Para Marks havia apenas duas classes sociais os burgueses e os proletariados.
WEBERA sociologia é o estudo das interações sgnificativas na teia de relações sociais. Para Weber o objeto da sociologia era a compreensão da conduta social e da conduta social dos indivíduos, ou seja, a ação social. A ação social está ligada a conduta do homem perante a sociedade podendo ser pública ou não.
Durkeim fala de 4 tipos de Ação social
Tradicional; agir com base na ação de seu grupo
Emocional; agir de acordo de seus gostos
Valorizadora; agir de forma que te dê status
Racial e Objetiva; agir da forma que tem que ser
Sua contribuição para a metodologia foi a distinção do método científico X método valor do julgamento. Para Weber a neutralidade no método científico é impossivel, mas ele pode se basear na razão.
DURKEIM
Para Durkeim o desenvolvimento da sociologia como ciência, independente das demais ciências sociais. Durkeim definiu objetos de estudos e metodologias. Durkeim fala sobre fatos sociais, consciência coletiva, solidariedade mecânica, divisão do trabalho social, estado social e método de estudo. Seguidor de Comtê, Durkeim criou o estudo da sociologia, ou seja, como, quando e onde a sociologia deve estudar.O objeito seria o fato social em si para se estudar a sociedade, ele é preciso ser visto como um objeto (coisa) sem que o sociólogo se envolva pessoalmente.
OS FATOS SOCIAIS são regras e normas.
Coercivas (impor obediência)
Exteriores ao indivíduo
CONSCIÊNCIA COLETIVA:
Ver Sentir Agir
SOLIDARIEDADE MECÂNICA:
União por semelhanças
Costumes
Tradições Religiosas
SOLIDARIEDADE ORGÂNICA
Sociedade capitalista/ industrializadas
União interdependencia
DIVISÃO DO TRABALHO
Primitivas (fator biológico: sexo e idade)
Soc Capitalista (Sociedade tem mais autonomia é conferida)J
urídico (Estado; Legislativo e executivo)
AMONA: Ausência de regras
KARL MARX
Ligado ao MATERIALISMO HISTÓRICO, sua contribuição para a sociologia que: as relações sociais provém do mode de produção. As relações sociais são relações que o homem estabelece para produção, distribuição e bens de consumo. O modo de produção são os conjuntos das relações dos produtos.
AS RELAÇÕES DAS TÉCNICAS DE PRODUÇÃO
processo de trabalho (força humana + ferramentas).
SISTEMA DE PRODUÇÃO (produção, distribuição, circulação e consumo)
DIVISÃO DO TRABALHO -> Proprietários e não proprietários das ferramentas e meio de produção.
MUDANÇA SOCIAL -> Origem no "choque" de interesses entre as forças produtivas e operáriasMarks não era sociólogo mas contribuiu muito para a sociologia, escreveu para os operários na guerra contra seus patrôes, ele esclarecia como eram as formas de trabalho. Para Marks havia apenas duas classes sociais os burgueses e os proletariados.
WEBERA sociologia é o estudo das interações sgnificativas na teia de relações sociais. Para Weber o objeto da sociologia era a compreensão da conduta social e da conduta social dos indivíduos, ou seja, a ação social. A ação social está ligada a conduta do homem perante a sociedade podendo ser pública ou não.
Durkeim fala de 4 tipos de Ação social
Tradicional; agir com base na ação de seu grupo
Emocional; agir de acordo de seus gostos
Valorizadora; agir de forma que te dê status
Racial e Objetiva; agir da forma que tem que ser
Sua contribuição para a metodologia foi a distinção do método científico X método valor do julgamento. Para Weber a neutralidade no método científico é impossivel, mas ele pode se basear na razão.
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