quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

EDUCAÇÃO: "UMA TRISTE DESESPERANÇA DAS FAMÍLIAS".

Janine Borges Soares (*)
A problemática que envolve a crise educacional moderna parece ser fator importante de causa e conseqüência das dificuldades de muitas famílias. A influência da postura e do discurso dos pais na vida educacional de seus filhos, muitas vezes contraditórios, assume especial relevância neste contexto. Quando os pais transmitem aos seus filhos, especialmente na infância, uma mensagem, mesmo indireta, de desvalorização da educação, dão causa ao desinteresse daqueles quanto aos estudos.

Para Piaget1, A primeira moral da criança é a da obediência e o primeiro critério do bem é durante muito tempo, para os pequenos, a vontade dos pais. De se estimar, pois, que a criança irá perceber a importância dos estudos em sua vida através do respeito às regras estabelecidas pelos pais, concluindo Piaget (1) que A moral da criança fica, com efeito, essencialmente heterônoma, isto é, dependente de uma vontade exterior, que é a dos seres respeitados ou dos pais.

Muitos pais não dão prioridade aos estudos de seus filhos, por falta de consciência de que ter os filhos freqüentando uma escola regularmente é um importante fator de segurança, de dignidade e de esperança para suas famílias, e um caminho para sua emancipação futura. Fora da escola, as crianças e os adolescentes estão desprotegidos das piores formas de exploração do trabalho infantil e da violência física, social, moral, psicológica, privando-se do direito de sonhar e de se preparar para a vida, para o trabalho e para o exercício da cidadania. Além da educação ser garantidora da sobrevivência e da saúde da espécie, é responsável pelo padrão de existência que chamamos de civilização, propiciando ao homem a ciência, a arte, a auto-realização, a fé, a ordem, o desenvolvimento, a prosperidade e a cultura.
Os seres humanos dependem da educação para viver. A educação é instrumento básico para a sobrevivência humana e sua evolução, constituindo um dos maiores dons e deveres da humanidade, sendo que na escola professores e alunos realizam um processo de troca de conhecimento fundamental para o desenvolvimento humano. Para Freire(2), ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém educa a si mesmo: os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo. A escola desempenha papel imprescindível neste processo.

O mundo tem sede de ideal e de valores, cabendo à educação a nobre tarefa de despertar em todos esta elevação do pensamento e do espírito, para uma espécie de superação de si mesmo, fomentando a esperança da humanidade.

Trindade(4), ao analisar o vínculo existente entre a relação com o pai e a freqüência à escola, refere que Pais instruídos valorizam mais esta oficialidade, o modelo da aprendizagem formal, ao mesmo tempo em que oferecem mais amparo e estímulo à atividade educadora, sendo também mais exigentes quanto às expectativas de sucesso (…). A falta de motivação de muitos alunos para os estudos parece decorrer do desconhecimento e desorientação deles quanto à importância do ato de freqüentar a escola, e sua repercussão no futuro. Isto tem levado grande parcela de estudantes, quase invariavelmente, a um viver não-criativo, ficando presos a uma realidade pré-estabelecida já experimentada por seus familiares, cujo contexto a educação não está incluída.

Viver submisso a uma realidade externa que impõe apenas adaptação traz um sentido de inutilidade e desvalorização da vida. Para Winnicott (4) É através da apercepção criativa que o indivíduo sente que a vida é digna de ser vivida. (…) essa teoria inclui a crença de que viver criativamente constitui um estado saudável, e de que a submissão é uma base doentia para a vida.

Embora a consciência popular reconheça a idéia de "ascensão pela educação", Ao mesmo tempo, a instrução é percebida como instrumento de injustiça e de desigualdades sociais, de sorte que o estudo é encarado simultaneamente como direito (ideal) e como impossibilidade (real), sustenta Chaui.(5)

A questão apontada costuma acarretar duas conseqüências funestas para a área da educação infanto-juvenil: o analfabetismo e a evasão escolar, que no futuro habitualmente agravam o desemprego e causam exclusão social. Como os problemas relativos à educação são, em geral, diretamente proporcionais ao desemprego, acabam por atingir frontalmente os direitos fundamentais das crianças e dos adolescentes, pois o próprio mercado de trabalho, sobre o qual refletem estas questões, atua como elemento estruturador das desigualdades e da exclusão social, já que o vínculo ao emprego constitui uma das formas de acesso aos benefícios do mundo capitalista.

Os filhos, diante do quadro de desqualificação, desemprego e pobreza dos pais, geralmente visualizam para si próprios um futuro sem perspectivas e, desta forma, sentem-se desestimulados para os estudos. A falta de oportunidades profissionais apropriadas aos interesses e condições de vida e de trabalho de muitas famílias também se identifica como um fator relevante, que culmina na violação do direito constitucional à educação, pois famílias cujos membros enfrentam o desemprego costumam produzir crianças e jovens em regra com seus direitos à educação violados.

Para Zaluar(6), É neste contexto sócio-econômico mais amplo que o consumo de drogas tem crescido grandemente entre as parcelas mais pobres da população no Brasil, as mais afetadas pelas falhas da escola e do mercado de trabalho em lhes dar esperanças e projetos para o futuro.

O debate sobre a situação difícil enfrentada por muitas famílias passa, pois, necessariamente, pela discussão da falência da educação como forma de exercício da cidadania. O problema da escola já não é mais apenas escolar, nem sua solução um desafio para educadores somente, conclui Zaluar (7) . Neste sentido, o art. 227, “caput”, da Constituição Federal, e o art. 4º, “caput”, do Estatuto da Criança e do Adolescente, adotaram a doutrina de proteção integral da ONU (Organização das Nações Unidas), e trouxeram como alteração significativa a idéia de co-responsabilidade entre família, sociedade e Poder Público para assegurar e implementar os direitos da criança e do adolescente, entre eles o direito à educação.

A preocupação maior surge quando se verifica que efetivamente a educação não faz parte da lógica de muitas famílias, já que, via de regra, quando o índice de escolaridade dos pais é insignificante os filhos reproduzem a postura de seus genitores, desinteressando-se pela escola e abandonando os estudos muito cedo. É o modelo familiar que se constrói através de valores transmitidos intra e extrafamiliarmente.

Os pais, com baixa escolaridade e sem discernimento suficiente para convencer seus filhos da importância dos estudos na construção da cidadania, acabam involuntariamente transmitindo a seus descendentes uma idéia de que a educação não é importante.

O principal é que o homem ou a mulher sintam que estão vivendo sua própria vida, assumindo responsabilidade pela ação ou pela inatividade, e sejam capazes de assumir os aplausos pelo sucesso ou as censuras pelas falhas, diz Winnicott (8). Esta não parece ser a postura de muitas famílias, que demonstram não visualizar de forma clara sua parcela de responsabilidade no insucesso próprio e nas dificuldades dos filhos, especialmente quando se trata de educação.

A lógica que os pais tentam transmitir a seus filhos de que os estudos são "um caminho para uma vida melhor" esbarra usualmente na experiência própria deles de exclusão política e social, que é assistida por todos os membros da família. São as contradições entre o falar e o agir.

Como é moeda corrente nos estudos sobre a escola e a família, uma idéia sempre repetida pelos membros das classes populares, e que em algumas famílias se traduz num projeto educacional para os filhos, é a de que "é preciso estudar para ser alguém na vida". Deixar o anonimato, deixar de ser proletarizado, tornar-se uma pessoa, tal é o sentido implícito desta afirmação. Alguns autores falam de "mito" ou "ilusão" como o efeito dessa crença popular na escola oficial, pois que seus filhos não receberiam o estímulo intelectual proporcionado em casa para que um bom desempenho escolar seja possível, refere Zaluar (9) .

É evidente que ao lado do senso comum repetido pelos pais de que os estudos são fundamentais para "ser alguém na vida", muitos filhos vivenciam a postura de seus familiares e da sociedade de descrença na escola, que deixou de ser vista como geradora de valores sociais e de projetos familiares, funcionando com descrédito.

Pode-se supor que muitas crianças e jovens têm reproduzido um modelo de desinteresse transmitido pelos pais que, devido à sua própria condição de excluído do processo educacional, não conseguem estimular seus filhos para os estudos, mesmo quando repetem aqueles dizeres do senso comum que buscam valorizar a educação como forma de se ‘melhorar de vida’. Este dilema ocorre porque a mensagem recebida e assimilada pelos filhos através da simples observação da vida pregressa de sua família, é no sentido contrário às suas afirmações.

Salienta Winnicott (10), que a imaturidade é um elemento essencial da saúde durante a adolescência. Só existe uma cura para a imaturidade, a passagem do tempo e o crescimento para a maturidade que o tempo pode trazer. Durante esta "travessia" o adolescente assimila as percepções de vida e mundo dos pais, que, seguidamente, parecem estar falhando na questão educacional.

A baixa escolaridade e o insucesso da vida dos pais demonstram possuir uma relação específica com o desinteresse dos filhos pelos estudos. Estes, via de regra, repetem a frustração social dos genitores, em grande parte pela descrença na escola como meio de se obter realização pessoal através do exercício da formação escolar por esforço e mérito próprio. Para Paiva (11), No caso da educação, a idéia de que maior escolaridade assegura empregos e melhores salários convive com a percepção empírica de que isso nem sempre acontece e que as dimensões do pauperismo não permitem crer que a pobreza se combata por via educacional.

Por outro lado, na medida em que a escola, na tentativa de promover padrões morais de comportamento, ensina muitas vezes valores e conteúdos conflitantes com aqueles aprendidos pelos alunos na família e na rua, gera conflitos e desinteresse, pois vários não compreendem a conexão do conteúdo ensinado com a vida lá fora, sua serventia imediata ou utilidade futura perceptível.
Ao analisar o problema do desemprego acaba-se forçosamente retornando novamente à questão da educação, pois ambos configuram, em suas conseqüências, forma de exclusão social e estão diretamente relacionados, pois a crise educacional irrompe na crise do emprego.

Excluem-se da escola os que não conseguem aprender; excluem-se do mercado de trabalho os que não tem capacitação técnica, por que antes não aprenderam a ler, escrever e contar; e excluem-se, finalmente, do exercício da cidadania esses mesmos cidadãos porque não conhecem os valores morais e políticos que fundam a vida de uma sociedade livre, democrática e participativa.

Constata-se, finalmente, que, sendo o mercado de trabalho elemento estruturador das desigualdades e da exclusão social, estão várias famílias sofrendo um doloroso processo de empobrecimento devido à falência da educação.

É possível pensar que a situação de baixa escolaridade, pobreza e desemprego dos pais versus evasão escolar dos filhos versus consciência de todos da importância da educação versus inércia total para mudar a pintura deste quadro traduz implicitamente uma triste desesperança das famílias, sabedoras que são de que suas chances na sociedade moderna são insignificantes.

Diante desta constatação, pode-se visualizar as afirmações de Piaget e de Zaluar, referidas anteriormente. Os filhos aprendem os valores através dos pais, que, desprovidos do estímulo intelectual necessário para realmente compreender o sentido da educação em suas vidas, têm falhado na tarefa de transmitir àqueles uma mensagem de valorização da escola e dos estudos com a necessária autoridade.

Assim, os filhos acabam repetindo a experiência dos pais, deixando transparecer sua insegurança diante do novo. Segundo Chauí (12), poderíamos dizer que a crítica do novo e a defesa do velho se inscreve no espaço definido pela opressão: diante da impotência presente e da falta de esperança num futuro melhor, o passado opera como referencial para o imaginário elaborar a diferença temporal, fazendo do passado um outro tempo possível.

Referência:

1 PIAGET, Jean. Seis Estudos de Psicologia. Rio de Janeiro: Forense, 1967, P.40.
2 FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 28 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987, p.82.
3 TRINDADE, Jorge. Delinqüência Juvenil – Compêndio Transdisciplinar. 3.ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2002, p.178.
4 WINNICOTT, D.W. O Brincar e a Realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1975, p.95.
5 CHAUÍ, Marilena. Conformismo e Resistência: aspectos da cultura popular no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1987, 170.
6 ZALUAR, Alba. “Introdução: Drogas e Cidadania”. In: ZALUAR, Alba (org) et al. Drogas e Cidadania: repressão ou redução. São Paulo: Brasiliense, 1994, p.11.
7 ZALUAR, Alba. “Introdução: Exclusão social e violência”. In: ZALUAR, Alba (org) et al. Violência e Educação. São Paulo: Cortez, 1992, p.10.
8 WINNICOTT, D. W. Tudo começa em casa. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1989, p.22.
9 ZALUAR, Alba. “Exclusão Social e Violência”. In: Violência e Educação. São Paulo: Cortez, 1992, p.50.
10 WINNICOTT, D. W. Tudo começa em casa. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1989, p.125.
11 PAIVA, Vanilda. “Violência e Pobreza: a educação dos pobres”. In: ZALUAR, Alba (org) et al. Drogas e Cidadania: repressão ou redução. São Paulo: Brasiliense, 1994, p.78.
13 CHAUÍ, Marilena. Conformismo e Resistência: aspectos da cultura popular no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1987, p.157.

BIBLIOGRAFIA:
BARRETO, Vicente. “Educação e Violência: reflexões preliminares”. In: ZALUAR, Alba (org) et al. Drogas e Cidadania: repressão ou redução. São Paulo: Brasiliense, 1994.
CHAUÍ, Marilena. Conformismo e Resistência: aspectos da cultura popular no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1987.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 28 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
PAIVA, Vanilda. “Violência e Pobreza: a educação dos pobres”. In: ZALUAR, Alba (org) et al. Drogas e Cidadania: repressão ou redução. São Paulo: Brasiliense, 1994.
PIAGET, Jean. Seis Estudos de Psicologia. Rio de Janeiro: Forense, 1967.
TRINDADE, Jorge. Delinqüência Juvenil – Compêndio Transdisciplinar. 3.ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2002.
WINNICOTT, D.W. O Brincar e a Realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1975.
WINNICOTT, D. W. Tudo começa em casa. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1989.
ZALUAR, Alba. “Introdução: Drogas e Cidadania”. In: ZALUAR, Alba (org) et al. Drogas e Cidadania: repressão ou redução. São Paulo: Brasiliense, 1994.
ZALUAR, Alba. “Introdução: Exclusão social e violência”. In: ZALUAR, Alba (org) et al. Violência e Educação. São Paulo: Cortez, 1992.
ZALUAR, Alba. “Exclusão Social e Violência”. In: Violência e Educação. São Paulo: Cortez

(*) É Promotora de Justiça de Barra do Ribeiro/RS;
Especialista em Infância e Juventude pela Escola Superior do Ministério Público/RS;
Mestre em Ciências Criminais pela PUC/RS. Texto na íntegra consulte:
http://meb.zarinha.com.br/2010/01/01/da-desesperanca-a-educacao-transformadora/

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A Cidade é a cara de seu Administrador

Não há como negar... até os mais fiéis dos puxa-sacos a de aceitar as péssimas condições em todos os níveis em que se encontra nossa cidade. Uma cidade entregue aos buracos, nem umas simples operação Tapa-Buracos conseguimos ver em Porto Velho.
Engraçado se não fosse cômico, é que muita gente se manifesta, se organizam, publicam nas redes sociais contra um certo professor que escreve de maneira irônica sobre esta cidade fantasmagórica!!!
Se o povo fosse "inteligente" em uma campanha eleitoral, não seria difícil identificar como seria o "governo" do futuro candidato ao executivo. Simples, é só olhar a maneira que o mesmo trata os seus negócios na vida privada...  Se o mesmo tratar o seu próprio negócio como uma verdadeira PRIVADA... já sabemos que vai ser um CAOS.
Então estava escrito que a população de nossa cidade pagaria caro, por não olhar a vida privada do seu candidato!!!!!!

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

EDUCAÇÃO DE QUALIDADE E A POLITICA DO PÃO E CIRCO


São muitos os problemas que estão presentes na educação brasileira, especialmente na educação pública. São diversos os fatores que proporcionam resultados negativos, um exemplo disso são as crianças que se encontram no 6ºano do ensino fundamental e não dominam habilidade de ler e escrever.

Esse fato é resultado direto do que acontece na estrutura educacional brasileira, pois praticamente todos os que atuam na educação recebem baixos salários, professores frustrados que não exercem com profissionalismo ou também esbarram nas dificuldades diárias da realidade escolar, além dos pais que não participam na educação dos filhos, entre muitos outros agravantes. 

As avaliações implantadas pelo governo para avaliar a educação brasileira apresentam números desanimadores, isso se tornou uma situação insustentável que não pode continuar. 
Em setembro de 2006, um grupo de empresários e políticos, com a participação dos meios de comunicação em massa, firmou um compromisso denominado de Todos pela Educação. Nessa mobilização ficaram definidas algumas metas a serem alcançadas até 7 de setembro de 2022. São elas: 

- Todo indivíduo com idade entre 7 e 17anos deverá estar na escola. 
-Todo indivíduo com idade de 8 anos deverá dominar a leitura. 
- Os alunos deverão ter acesso a todos os conteúdos correspondentes a sua série. 
- Todos os alunos deverão concluir as etapas de estudo (fundamental e médio). 
- Garantia de investimentos na Educação Básica. 

Números que retratam os problemas da educação brasileira 

• Hoje, no Brasil, de 97% dos estudantes com idade entre 7 e 14 anos se encontram na escola, no entanto, o restante desse percentual, 3%, respondem por aproximadamente 1,5 milhão de pessoas com idade escolar que estão fora da sala de aula. 

• Para cada 100 alunos que entram na primeira série, somente 47 terminam o 9º ano na idade correspondente, 14 concluem o ensino médio sem interrupção e apenas 11 chegam à universidade. 

• 61% dos alunos do 5ºano não conseguem interpretar textos simples. 60% dos alunos do 9ºano não interpretam textos dissertativos. 

• 65% dos alunos do 5ºano não dominam o cálculo, 60% dos alunos do 9º ano não sabem realizar cálculos de porcentagem. 


Medidas que possivelmente poderão combater os índices acima apresentados: 

• Mobilização da sociedade para a importância que a Educação exerce. 

• Direcionamento de recursos financeiros para escolas e professores. 

• Valorização do profissional da educação. 

• Implantação de medidas políticas educacionais a longo prazo.

Valdeci Ribeiro, leciona na Rede Pública de Porto Velho-RO.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

PERFIL DO MEU BLOG

Sou Sócrates, estimulando a juventude de Atenas para descobrir novas idéias usando perguntas. 
Sou Paulo Freire espalhando pelo mundo suas ideías humanistas no processo ensino-aprendizagem. Sou Anne Sullivan, tamborilando os segredos do universo sobre a mão estendida de Helen Keller. Sou Esopo e Hans Christian Andersen, revelando a verdade por meio de muitas, muitas estórias.
 Sou Darcy Ribeiro, construindo uma universidade a partir do nada no planalto brasileiro. 
Sou Ayrton Senna, que transforma sua fama de herói esportista em recursos para educar crianças em seu país.
Sou Anísio Teixeira, na sua luta de democratização da educação para que todas as crianças brasileiras tenham acesso à escola.
 Os nomes daqueles que exerceram minha profissão constituem uma galeria da fama da humanidade: Buda, Paulo Freire, Confúcio, Montessori, Emilia Ferreiro, Moisés e JESUS CRISTO.
 PROFESSOR COM ORGULHO...

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

EDUCAÇÃO PRA DESEDUCAR!!!!!



Tentei ser politicamente neutro durante as eleições. Mas agora não adianta mais. O Brasil foi enganado pelos governantes eleitos, e resolvi não mais me manter calado. Irei criticar quem merece ser criticado e mostrar para aqueles que me leem os problemas dos atuais governantes que nós mesmo elegemos a quase dois anos e meio. E o maior problema que vejo é na educação.
Os governantes mentiram dizendo que iriam investir em educação. Isso não aconteceu. O governo atual NÃO TEM INTERESSE EM EDUCAR. Na sua maioria, as Escolas Públicas do Estado de Rondônia não tem as mínimas condições de funcionamento. Para "caiar" ou disfarçar os problemas de décadas na educação de Rondônia, o atual Governo começou desastrosamente fazendo pinturas em escolas sem nenhuma preocupação em reformas nas estruturas dos prédios! São verdadeiros SEPULCROS CAIADOS. Depois foram criados tantos PROGRAMAS  que nossas escolas são um verdadeiro CAOS em relação ao trânsito de alunos em horário contrário das aulas, com desculpas de que isto é EDUCAÇÃO INTEGRAL... Outra grande mentira é essa RECUPERAÇÃO bimestral que na verdade não recupera ninguém, é uma verdadeira FÁBRICA de aprovações de alunos analfabetos funcionais!!!
E falta na verdade uma valorização do profissional em educação, pois os jovens de hoje não veem no papel do Professor um referencial no qual possa se espelhar e procurar mudar seus rumos construindo objetivos concretos!!!
Algumas escolas da Zona Sul de Porto Velho, funcionam sem Ar-condicionado, sem bibliotecas, sem sala de informática, nem quadra esportiva para a prática da Educação Física e outras atividades extra curriculares... E a propaganda na mídia(muita cara por sinal) mostra uma educação renovada, onde as escolas de Rondônia são um verdadeiro PARAÍSO!!!!
O que falta na verdade para os políticos de Rondônia é vergonha na cara, desde a Camara de Vereadores até o Legislativo Estadual... Isso pra não falar do desastroso EXECUTIVO!!!!


terça-feira, 3 de setembro de 2013

VISITA AO DISTRITO DE SÃO CARLOS

Estivemos neste mês de agosto no Distrito de São Carlos no Baixo Madeira, mas precisamente na localidade chamada Prosperidade. Como é bom ver a união daquele povo, um sentimento "familiar", pouco encontrado nas cidades.  Foi muito bom, e estaremos retornando pra lá dia 21 e 22 de Setembro para o FESTIVAL DE PRAIA DE SÃO CARLOS.....

sábado, 10 de agosto de 2013

VERDADEIRO APOCALIPSE?

*Valdeci Ribeiro

É manchete em todo o país a condenação do primeiro senador da República brasileira. Será o inicio de uma nova era para a politica brasileira ou estamos acostumados a ver tudo acabar em pizza?
O bom seria que estes politicos condenados ou com perca de mandato devolvesse aos cofres públicos o dinheiro roubado!!!!!!
Enquanto isso no país a farra com o dinheiro público não para!!!!!  e é  díficil ver um fim para isso, sendo que quem faz as leis nesse país são os próprios corruptores... é como colocar a raposa pra cuidar do galinheiro!!!!!!

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

DIGA NÃO AOS CORRUPTOS EM 2014

Mais um ano político se aproxima e nos deixa preocupado, pois aquele ditado que "brasileiro tem memória curta" parece tão próximo da realidade, quanto o nosso próprio nariz. Ou então a maioria não enxerga mesmo um palpo a frente do mesmo!!!
De qualquer forma é bom sempre alguém lembrar o nome dos politiqueiros e politicalhas que sucatearam as "Assembleias Legislativas" pelo Brasil afora. Em Rondônia não foi diferente, SANGUESSUGAS e verdadeiras gangues montadas em esquemas milionários que desviam em montantes que pobre nenhum teria saliva pra contar, nem vida para ganhar!!!
Quem ainda lembra o nome dos POLITICALHAS que desviaram milhões da Assembleia Legislativa de Rondônia? E esses miseráveis ainda querem voltar ao cenário politico nesse ano que se aproxima!
E essa desculpa de que ele rouba mais faz! é coisa pra ANALFABETO sair repetindo por ai,(na verdade estamos cheios de pessoas com certificados na mão e são considerados analfabetos funcionais) e acreditam que o politico "BOM" é aquele que desvia dinheiro mais mantém fundações e associações pelo nosso Brasil.
Vamos dar um basta nessas falcatruas!!!! DIGA NÃO! aos políticos profissionais!!!!
Diga não aos políticos que roubaram dinheiro público!!!!! DIGA NÃO!!! aos políticos que compram votos!!!!!! ACREDITE!!!!!! Você é a mudança!!!!!!
Quem sabe no próximo texto eu coloque o nome desses safados!!!!!

O SOLDADO DA BORRACHA E O SISTEMA DE AVIAMENTO


São vários os relatos historiográficos que caracterizam por meio de diversos enfoques a Amazônia no período correspondente ao da Segunda Guerra Mundial, mais precisamente entre os anos de 1942 a 1945. Grande parte dessas produções historiográficas, mesmo que apresentem estudos bem específicos sobre qualquer que seja a temática atrelada a este recorte cronológico, na maioria das vezes está direta, ou indiretamente ligada à economia gomífera. Certamente, que poucas foram as vezes em as atenções do Brasil voltaram-se com “bons olhos” para a região amazônica. Diante dessa realidade, percebemos a importância que esse acontecimento representou para a nossa sociedade no campo econômico, político, social e cultural como:



A corrida para a floresta, na colheita do látex, assegurou um novo condicionamento de vida na região.Atraíram nordestinos que se puseram a prova, mais uma vez com o ânimo viril e capacidade de trabalho. Impôs a formação de imensas frotas fluviais para o vai-e-vem dos negócios, [...], estabeleceu o contato da região com as grandes capitais do imperialismo industrial, na Europa e no norte da América. Permitiu a execução de políticas educacional levada às populações infantis da interlândia, estabeleceu com a presença de uma população dinâmica, as marcas que garantiram, na ausência de forças militares organizadas, a integridade e a soberania nacional.


Assim, o recorte e o período em evidência apresentando o seringal como a representação fiel do desenvolvimento político e econômico do Estado do Amazonas. Ou seja, a partir do estabelecimento dos seringais a região amazônica passou a ser inserida no contexto nacional, como um grande potencial econômico e político. Evidentemente não podemos negar de forma alguma as contribuições que o processo econômico da economia da borracha representou para Amazônia. Porém, o Historiador não pode, nem tão pouco deve voltar o olhar para o estudo desse acontecimento buscando compreendê-lo apenas como um episódio favorável ao desenvolvimento político e econômico da região, pois tal evento, também foi o mesmo que fomentou a exploração do homem por meio do trabalho “forçado”. Além do isolamento da selva favorecer esse tipo de conduta imposta por muitos seringalistas, não havia fiscalização por parte dos órgãos responsáveis pelo cumprimento dos direitos desses trabalhadores previstos no contrato estabelecido pelo SEMTA e pelo CAETA.


Quanto a questão contratual desses trabalhadores (recrutados no nordeste brasileiro pelos órgãos apontados pelo Governo Federal), vários foram os fatores que levaram a denúncias sobre os abusos cometidos com essas pessoas durante a primeira fase de exploração da borracha na Amazônia – no período correspondente aos anos de 1898 a 1912. Isso fez com que não fosse permitido encaminhar os trabalhadores em idênticas condições às da ocasião anterior para seringais da Amazônia.Assim, em busca de minimizar os efeitos sociais desastrosos, foi elaborado um contrato que trazia anexas as cláusulas gerais do contrato padrão de trabalho nos seringais, pelo próprio SEMTA. Conforme o estabelecido na primeira parte do contrato, os órgãos do Estado encarregados de encaminhar trabalhadores para a Amazônia se comprometiam a oferecer:(...) assistência médica aos trabalhadores, concentrá-los, transportá-los, vesti-los e alimentá-los até a sua colocação nos seringais. No item “assistência às famílias”, havia algumas diferenças entre os contratos do S.E.M.T.A. e os da C.A.E.T.A.


Pelo primeiro, às famílias assistidas seriam creditados Cr$ 2,00 por dia por dependente, não superando o montante de Cr$ 8,00, qualquer que fosse o número de dependentes (cláusula quarta). À família do trabalhador que optasse pela assistência do S.E.M.T.A., mediante desconto dos vencimentos ou de quaisquer outros proventos obtidos pelo contratado, seria assegurada a continuação da assistência prevista durante toda a vigência do contrato do trabalhador no seringal.
À primeira vista tudo indicava que seria diferente e que os trabalhadores teriam garantidos seus direitos mesmo trabalhando em um seringal no interior da selva amazônica. Os órgãos responsáveis pelo contrato, no intuito de apresentar segurança e transparência à esses trabalhadores, criaram uma caderneta para que o empregador (no caso o seringalista) fizesse as anotações do valor correspondente a assistência familiar (semelhante a um seguro) pago mensalmente pelo patrão, na forma da lei e dos regulamentos vigentes.A quebra do contrato, e conseqüentemente a desobrigação do pagamento da assistência, somente cessaria em caso de rescisão de contrato, ou quando a família do trabalhador viesse a se unir a este no local de trabalho. Após a colocação do trabalhador no seringal, a assistência à família continuaria a ser prestada, sendo as importâncias correspondentes debitadas na caderneta do respectivo trabalhador, por ocasião da liquidação da safra e por intermédio do Banco da Borracha S. A. De acordo com o French, na segunda parte do contrato, o seringalista se obrigava a: Entregar ao seringueiro as estradas arrendadas em condições que permitissem a sua exploração imediata; fornecer adiantamento em gêneros alimentícios, peças de roupa e medicamentos de uso comum, utensílios e ferramentas, necessários ao serviço e à extração de látex, inclusive arma e munição de caça. Esses fornecimentos, supostamente, não poderiam visar lucro e deveriam ser lançados na caderneta do seringueiro.
Assim, estavam estipuladas as regras de contratos vigentes naquele período, que deveria beneficiar os trabalhadores remanejados do nordeste para os seringais da Amazônia. Porém, nada disso conseguiu sair do papel, tornando-se somente uma manobra que utilizava a garantia de um contrato ilusório – nas manobras utilizadas pela SEMTA e a CAETA – em busca de tornar eficientes as estratégias de mobilização e recrutamento de trabalhadores para a Amazônia.No interior do seringal esses imigrantes trabalhadores, além de sofrerem explorações, lhes eram cerceado todo o tipo de manifestação, ou pior, a sua liberdade de expressão, já que não havia condições nem espaço para demonstração de insatisfação. Qualquer soldado da borracha que deixasse transparecer qualquer desprazer, ou até mesmo buscasse desistir do trabalho, era reprimido e muitas das vezes sofreria duras punições por parte dos patrões seringalistas. Notamos então, que a historiografia passou a perceber um novo tipo de escravidão se configurando em pleno século XX na Amazônia.

No sistema de aviamento não havia possibilidade dos seringueiros acumularem capital algum, pois o uso de dinheiro era raro, uma vez que as mercadorias eram permutadas com os donos dos barracões. Para piorar, os extrativistas eram forçados a dedicar-se quase que exclusivamente à coleta do látex, pois aos donos dos seringais não interessava a abertura de áreas de pasto e de lavouras, já que isso poderia implicar na diminuição do número de seringueiras a serem exploradas, e ainda incorrer no desvio da mão de obra do extrativismo para a agropecuária. Mais importante ainda, caso os seringueiros fossem bem sucedidos na agropecuária, sua dependência para com os patrões seria fortemente reduzida.As chances de que se organizasse qualquer tipo de ação coletiva a fim de confrontar esta situação eram mínimas, pois além do evidente desequilíbrio de forças ente patrões e seringueiros, estes viviam isolados uns dos outros, sem muitas oportunidades de interação. Eles também vinham de uma região onde as relações sociais eram extremamente verticalizadas e autoritárias e não tinham tradição de organização social.


Além disso, nos primeiros anos deste segundo momento da exploração do látex, o sistema de aviamento estava respaldado por um governo “nada democrático” que considerava a produção de borracha como parte de um esforço de guerra do Estado Brasileiro O Soldado da Borracha na ocasião do seu deslocamento do Nordeste para a Amazônia, além de pagar as despesas da viagem, o este homem encontrava pela frente um mecanismo estrutural que o fazia ficar preso definitivamente ao seringal pela extração do látex. “O seringueiro era uma espécie de assalariado de um sistema absurdo. Era aparentemente livre, mas a estrutura concentracionária do seringal o levava a se tornar um escravo econômico do patrão”. Dessa forma, segundo o autor, o trabalhador, que já chegava com um saldo negativo, era tragado pelo endividamento para com o seringalista, e assim, o extrator começou então a burlar a estratégia montada pelas casas aviadoras. Neste sentido, começava a aparecer a figura do regatão, um verdadeiro transgressor da estrutura montada pelo capital internacional monopolista, sobrepondo suas táticas à estratégia capitalista, utilizando uma métis, ou seja, sabedoria calculada e, por que não dizer, uma linha de fuga que escapava à visibilidade do poder, nas paragens amazônicas, pelos seringais . Essa dívida crescia rapidamente, porque tudo o que se recebia no seringal era era anotado na sua conta corrente e cobrado: mantimentos, ferramentas, tigelas, roupas, armas, munição, remédios etc. Só no fim da safra, a produção de borracha de cada seringueiro era abatida do valor de sua dívida, mas o valor de sua produção era, quase sempre, inferior à quantia devida ao patrão. E não adiantava argumentar que o valor cobrado pelas mercadorias no barracão do seringalista era cinco, ou mais vezes maior do que aquele praticado nas cidades (os seringueiros eram proibidos de vender ou comprar em qualquer outro lugar). Os soldados da borracha descobriam que no seringal a palavra do patrão era lei . Assim, a Historiografia sobre a história da Amazônia seguiu seu curso por meio de vários enfoques sobre o período correspondente ao da economia da borracha, no contexto da Segunda Guerra Mundial: hora como um paraíso perfeito, hora como o Eldorado e hora como um verdadeiro inferno verde.



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1- REIS, Arthur Cezar Ferreira. Seringal e o Seringueiro – 2º Edição. Manaus: Editora da Universidade do Amazonas, 1997. p. 77. 2- MARTINELLO, Pedro Antonio. A batalha da Borracha na Segunda guerra Mundial e Suas Conseqüências Para o Vale Amazônico. Rio Branco: Editora UFAC, 1988. p. 79. 3- Idem. p. 24

Prof. Valdeci

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

EDUCAÇÃO EM RONDÔNIA UM VERDADEIRO CAOS!!!!!!

* Valdeci Ribeiro
Aqueles que, como eu, acreditam na possibilidade de uma sociedade efetivamente democrática, sabem que a educação desempenha um papel essencial na formação de cidadãos com um mínimo de bagagem cultural e consciência crítica e cidadã. Mas, em Rondônia  pelo menos, estamos muito  distantes desse ideal. De fato, basta colocar um pé dentro de uma escola pública rondoniense  para se perceber a gravidade do problema.

Como se sabe, as escolas em  Rondônia criaram um sistema de recuperação bimestral, parece-me que o verdadeiro interesse é  não reprovar os alunos anualmente (apenas por excesso de faltas). Com isso, retira-se do professor uma mínima moeda de troca com a qual ele pudesse barganhar com os alunos. Na medida em que estes, em geral, pouco ou nada estão dispostos a aprender, o professor fica com as mãos atadas. Para que afinal, prestar atenção na aula, copiar a lição, fazer exercícios etc., se, ao final das contas, todos serão aprovados?

A estrutura das escolas, especialmente o ambiente de sala de aula, é desanimador. Às condições muitas vezes precárias de ensino, somam-se o completo desrespeito dos alunos para com o patrimônio público, para não dizer em relação ao professor. Sujeira, bagunça, carteiras riscadas etc. Mas, na verdade, nada que boa parte dos adultos não faça cotidianamente também em outras esferas. É um típico exemplo de círculo vicioso, que se propaga ad infinitum.

É claro que há problemas na estrutura curricular, na forma como deveriam ser ministradas as aulas, que desestimulam os alunos, pois se baseiam numa realidade muito distante da que eles vivenciam. No entanto, me parece que apenas esse fator não é capaz de explicar o verdadeiro caos instalado na educação pública de Rondônia. A meu ver, há um problema de formação dos alunos, desde os níveis mais elementares, que jamais são resolvidos.

Os professores, amplamente desestimulados, fazem o que podem, até onde sua paciência permitir. Naturalmente, há maus professores, mas com o salário irrisório que recebem, a maioria acaba fazendo até demais, muitas vezes substituindo o papel que, na verdade, deveria ser dos pais ou responsáveis. Abrindo mão de sua responsabilidade, estes deixam para a escola (em primeiro lugar, na verdade, para os mass media, sobretudo a televisão), a tarefa de fornecer alguns dos elementos básicos de sociabilidade, como respeito ao próximo, à coisa pública, cordialidade etc., bem como a importância que a educação e uma boa formação (acadêmica e humana) devem ter na vida de uma pessoa, sobretudo nos dias atuais. A escola, por sua vez, que já não é capaz de cumprir nem mesmo suas obrigações elementares, torna-se ainda mais impotente quando precisa resolver também esta outra gama de problemas.
E para agravar ainda mais esse cenário catastrófico, a maioria das Escolas em Rondônia já no inicio do 3º bimestre ainda falta muitos professores para preencher o seu quadro de profissionais, tem escolas em Porto Velho que faltam mais de  5 professores na escola. Um verdadeiros CAOS!!!!!!

É fato que não se pode generalizar. Há exceções, naturalmente, tanto em termos de aluno, de classe, de escola etc., mas o ponto que quero reforçar é que a educação pública, sobretudo a rondoniense, não pode mais ficar como está. Sob pena de uma parcela importante de nosso futuro (como nação, como democracia) ficar (ainda mais) comprometido pela absoluta responsabilidade daqueles que há quase 20 anos governam nosso estado. Em outro momento, pretendo retomar o tema, aprofundar algumas questões. Este foi apenas um panorama geral, o testemunho difuso de um primeiro impacto. Ainda há muito para falar.


Professor Valdeci Ribeiro, leciona na Rede Pública em Porto Velho-RO.

terça-feira, 25 de junho de 2013

A EDUCAÇÃO ESTÁ DOENTE: SÍNDROME DO CONFORMISMO

Queria entender como alguns professores ensinam seus alunos na questão dos direitos e deveres, na questão da legalidade, das conquistas dos trabalhadores, do poder da Democracia, sem ao menos o mesmo ter  CONSCIÊNCIA DE GRUPO. 
Eu que sempre achei que todo problema da baixa qualidade da educação estava no aluno, sua falta de interesse, porque os conhecimentos não atingiam seu fim último, ou seja, “batiam fofo”, fui obrigado admitir que devia ser assim mesmo, que a frase: Só ensina quem aprende” era uma frustrada expectativa.

Mas, como pode um professor pensar assim? Por que ele propõe uma medida tão dura assim? Será que o fato de ver o quanto o professor é ruim põe fim nos problemas da educação?
Refletindo um pouco mais, pensei em alguns critérios, baseando-me na necessidade do dia a dia, tentando me avaliar se sou um desses ruins. Câncer da educação!!


Alguns professores não tem um curso de licenciatura na área em que estão atuando e não a dominam? São quebra galhos!!! Outros de áreas afins: informática, administradores, etc.
Vivem separado da leitura, apenas leêm o livro adotado para dar uma aulinha, e ainda se acham sábios?
Buscam tirar proveito em tudo, e cada um cuide de si mesmo?
Enrolam suas aulas com frivolidade, fingindo ser amigo demais de alunos e falando da vida pessoal e segredos fúteis o tempo todo, provocando pena e garantindo elogios no conselho de classe?
Ensinando palavras cruzadas para os alunos, utilizando jornais, dando brecha para a escola os criticar de malandro?
O que ocupa seu cérebro, a boca fala: tolices, banalidades, imagens ilusórias da vida?

Quem sabe ensinar para vida?
Concluí que muitos se parecem... muito com muitos!

Não merecem o salário que ganham!!! O ideal seria que se aumente o salário só dos bons professores. Só sei que o compromisso profissional deve ser condizente com a realidade. Senão a educação pagará um excessivo preço para se livrar do maus professores.

São profissionais que se conformam com o  modelo fracassado do sistema educacional brasileiro, a começar pela falta de estrutura e pelos baixos salários dos educadores!!!!!!


A GREVE CONTINUA!!!!!!

* Professor Valdeci Ribeiro, leciona Filosofia na periferia de Porto Velho-RO


domingo, 26 de maio de 2013

GREVE DO FUNCIONALISMO EXPLODE EM TODO O ESTADO DE RONDONIA

COCO PERAÇÃO  -  PARTE I

Desde o primeiro dia de Governo, quando foi decretado ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA pelo então empossado Governador, já víamos  que a coisa não ia ser muito fácil para os pobres mortais rondonienses que acreditaram nas mudanças propostas em campanha eleitoral.
As secretarias de Estado foram sendo entregues a pessoas que não tinham a minima identificação com a pasta como foi o caso da Educação(entregue a um Engenheiro Elétrico) e a Saúde (entregue a um Delegado). Assim caminhava o Governo que em seu terceiro ano, ja se mostra um verdadeiro desastre na História de Rondônia!
A  Nova sede do Governo e as Secretarias foram construídas pelo seu antecessor, os viadutos na capital são um lixo, o Estadio de futebol foi desativado pela incopetência de construir  um simples muro, que qualquer pedreiro das periferias fariam em tres semanas, levando um time de futebol a disputar seus jogos no interior!
Outra "merda" foi a desativação do Parque de Exposição de Porto Velho, que entra para o Ranking dos absurdos como a primeira capital do país a não ter um centro de agronegócios!
As propagandas na mídia são mentirosas, dizem que todas escolas estão climatizadas. Convido vossa excelencia a assistir uma aula aqui na periferia de Porto Velho, nas escolas do bairro Castanheira sem climatização, para ver se aguenta  pelo menos um tempo de aula.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

EDUCAÇÃO PROSTITUTA

  
Há muito tempo a educação brasileira é apresentada à sociedade como algo fantastico e que a cada ano os índices de melhoria da nossa "educação" estão subindo. Qualquer um sabe, não precisa ser letrado para diagnosticar que a maioria dos alunos, muitos em séries do Ensino Mèdio não conseguem fazer uma boa leitura e uma consequente interpretação de texto ou do texto.
Em Rondônia não é diferente, todos os dias, em todos os canais de televisão e na própria internet o Governo paga milhões de reais por propagandas duvidosas, onde colocam adolescentes falando que a educação em nosso Estado está a mil maravilhas!  Todas as escolas estão climatizadas, não faltam professores, Quadras cobertas, etc. etc, etc.... blá blá blá...

O grande desafio seria pelos menos fazer um diagnóstico para tentar descobrir o porque do baixo aproveitamento da aprendizagem nas infinitas provas que "medem" - testam o grau de aprendizagem de nossos alunos pelo país afora. De todos os problemas, desde a má formação dos profissionais, da falta de motivação de professores e alunos e do mal direcionamento do dinheiro (verbas) destinas para esta preciosa pasta, poderíamos aqui fazer uma lista com no mínimo 100 itens que nos mostrariam o porque desta triste realidade do ensino em nosso país que nos coloca em 39º lugar no mundo em qualidade de ensino.

Gostaria de convidar alguns técnicos em educação, para que saissem dos seus gabinetes, de suas salas refrigeradas e viessem assistir umas aulas em algumas escolas de Porto Velho-RO, onde as salas não tem refrigeração, bibliotecas, sala de informática (em funcionamento), nem quadra de esportes!   Isso mesmo, A PROPAGANDA NA MÍDIA, esqueçeu de citar algumas escolas da Zona sul e outras mais nas periferias, mas que estão dentro dos limites de nossa cidade.

Mas o que me inqueita na verdade é o tumulto gerado na maioria das Escolas, onde se diz ENSINO INOVADOR, poderíamos mudar para ENSINO TUMULTUADOR. Isso qualquer um que vive dentro das escolas, sabe que esses "programas" estão tumultuando o Ensino Aprendizagem dentro de nossas escolas.  As escolas estão cheias de programas que eu mesmo intitulei de EDUCAÇÃO PROSTITUTA.
MAIS EDUCAÇÃO
ESCOLA INOVADORA
FAMILIA NA ESCOLAN(aos sábados com cursos de corte e costura, cabelereiro, etc...)
ENSINO MÉDIO INOVADOR
ETC...
O espaço escolar ficou pequeno pra tantos programas, que fazem de nossas escolas um espaço que não é saudavel para APRENDER!!!!

Prof. Valdeci Ribeiro, leciona em Porto Velho-RO

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

RONDÔNIA: SISTEMA ARCAICO PARA UMA EDUCAÇÃO ARCAICA

Em visita obrigatória ao SETOR DE LOTAÇÃO da Secretaria de Educação do Estado de Rondônia, vimos a maneira horenda que os pobres professores passam na hora de fazer uma lotação nas escolas de Porto velho. 
Prédio novo, novas instalações, até mesmo boa vontade de "alguns" funcionários. Mas, é só isso!!! O sistema de lotação nas escolas de PVH ainda é PRE HISTÓRICO!!!!!
Muitos professores são enviados com ofícios para as escolas e chegando na mesma, são devolvidos por falta de vagas nas mesmas.
ISSO É UMA VERGONHA!!!!!!
Precisamos avançar  para que os professores de nosso estado seja tratado com dignidade!!!!!


Professor Valdeci Ribeiro, está sem lotação e correndo o risco de não receber o mísero salário!!!!!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

CURSOS REPROVADOS PELO MEC



Foi publicada nesta terça-feira (8) no Diário Oficial da União lista com mais 38 cursos superiores com notas insatisfatórias na última avaliação do MEC (Ministério da Educação). A lista de cursos que estavam em análise complementa o anúncio feito pelo MEC (Ministério da Educação) em 2012 que apontava 207 cursos superiores reprovados.
 O CURSO DE HISTÓRIA da Universidade Federal de Rondônia, foi um dos cursos que ficou com a nota baixissima no ENADE. Vários fatores poderiam explicar tal rendimento:

1º Na época da avaliação a UNIR enfrentava uma crise Institucional com a greve de alunos e professores (talvez  tenha sido um boicote dos alunos ao MEC)...talvez

2º Na maioria das universidades e escolas brasileiras os alunos faltam no dia desta avaliação, pois não há diretamente ou imediatamente uma motivação para a participação dos mesmos .

3º Os cursos de Licenciatuta nos últimos anos transformaram-se em ROTA DE ESCAPE para alunos medíocres!!!!!!!


O que precisamos na verdade é recuperar o prestígio do curso mais politizado das universidades brasileira. O curso de |História da UNIR tem em seus quadros excelentes profissionais e que para tal desenvolvimento de suas atividades precisam como em outras partes do país de apoio e investimento em pesquisas.

lista dos cursos reprovados:


Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ)
Engenharia de Controle e Automoção
Engenharia Elétrica
Engenharia Eletrônica
Engenharia Mecânica
Centro Universitário Estácio de Sá de Santa Catarina
Rede de Computadores
Centro Universitário Maurício de Nassau (UniNassau)
Arquitetura e Urbanismo
Centro Universitário Padre Anchieta (UniAnchieta)
Engenharia de Produção
Centro Universitário de Espírito Santo do Pinhal (UniPinhal)
Ciências Biológicas
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium (UniSalesiano)
Educação Física
Centro Universitário Fluminense (Uniflu)
Arquitetura e Urbanismo
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR)
Saneamento Ambiental
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE)
Automação Industrial
Química
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA)
Análise e Desenvolvimento de Sistemas
Geografia
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano (IF Sertão)
Física
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense (IF Fluminense)
Análise e Desenvolvimento de Sistemas
Engenharia de Controle e Automoção - Campo dos Goytacazes
Engenharia de Controle e Automoção - Macaé
Manutenção Industrial
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
Ciências biológicas
Ciências sociais
Educação Física
Engenharia Civil
Letras - Português e Inglês
Química
Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-Goiás)
Engenharia Civil
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas)
Ciências Biológicas - Licenciatura
Ciências Biológicas - Bacharelado
Ciências Sociais
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)
Geografia - Licenciatura
Gerografia - Bacharelado
Universidade Presbiteriana Mackenzie (Mackenzie)
Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal de Rondônia (Unir)
História
Univesidade Federal do Tocantins (UFT)
Pedagogia
Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf)
Arqueologia e Preservação Patrimonial
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
Matemática