quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

FABRICA DE DIPLOMAS



Nunca vivemos um clima tão intenso de concorrência como estamos presenciando nos últimos anos, cada vez mais multiplicam-se o número de faculdades e escolas técnicas por esse Brasil afora.
São números relativamente pequenos se compararmos com países europeus ou norte-americanos, contudo a chamada corrida para entrar no grupo dos países desenvolvidos, faz do nosso país uma fábrica de diplomas de nível superior, que muitas vezes tem que ser questionado quanto a qualidade oferecida em algumas instituições. O nível de satisfação desses empresários é tão grande que a cada dia, salas e salas são construidas da noite para o dia, é a busca pela "cultura" é o despertar do "conhecimento".
Assim, milhares de jovens depois de muito empenho e luta, conseguem então o seu tão sonhado "canudo" e muitos deles não sabem, ou fingem que não sabem, que a grande batalha estar só no ínicio. É uma batalha cinematografica em prol do tão sonhado primeiro emprego(diga-se de passagem com nível superior, e a fábrica de diplomas jogam no mercado de trabalho jovens que na maioria das vezes frustam-se, por não conseguirem trabalhar na sua área de atuação, muitos deles fazem bicos ou continuam em seu antigo emprego.
Para uns a luz no fim do túnel são os concursos públicos, que na verdade abrem poucas vagas e arrecadam milhões à custa dos sonhos de pessoas que investiram fortunas, se levarmos em conta o nível de vida e a classe social de muitos.
Na verdade muitas das faculdades que funcionam dentro do nosso país não tem as mínimas condições de funcionamento, tanto em relação aos seus recursos físico, material e humano. Mas, precisamos melhorar nossa posição frente as grandes potencias, quanto mais pessoas com diploma na mão, melhor para nossos índices de desenvolvimento escolar. Entretanto os jovens brasileiros principalmente da rede pública, saem do ensino médio(em sua maioria) sem as mínimas condições de concorrer aos cargos públicos oferecidos pelas instituições e grandes empresas brasileiras, e as vagas quase sempre são preenchidas por pessoas oriundas de escolas particulares, isso se falarmos nos altos escalões corporativos, cabe aos filhos de pobres que estudaram em escolas públicas conformarem-se com empregos subalternos.

Prof Valdeci
Publicado no Recanto das Letras em 22/06/2009
Código do texto: T1662468<

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