quinta-feira, 2 de outubro de 2014

VERDADE: PRA QUEM?

Reza a lenda que, certa feita, um príncipe indiano mandou chamar um grupo de cegos e os reuniu no pátio do palácio, onde se encontrava um elefante. Em seguida, conduzindo-os pela mão, foi levando, um a um, os cegos até o paquiderme para que o apalpassem, de modo que um tocava a barriga, outro o rabo, outro a orelha e outro uma das pernas.
Quando todos os cegos tinham, enfim, apalpado o animal, o príncipe ordenou que cada um explicasso aos demais cegos como era o elefante. "É gigante, como uma grande panela, mas macio", começou aquele que havia apalpado a barriga. Seu relato foi discordado pelo que havia tocado o rabo: "Se parece mais com uma vassoura!". "Nada disso", interrompeu o que tinha apalpado a orelha, afirmando que o bicho lembrava mesmo era um leque aberto. O que apalpara a perna interrompeu com uma alta gargalhada, e afirmou: "Ele é alto e rígido como um poste!" Os cegos se enroscaram em uma discussão sem fim - cada um querendo provar, através de sua própria experiência, que o outro estava errado.
A história é antiga, mas seu ponto principal ressoa forte: somos todos cegos quando se trata de relacionamentos humanos. Ao reconhecermos o mundo através dos nossos cinco sentidos, sempre teremos distorções da realidade e apenas uma visão parcial do todo, sendo sempre, de certa forma, enganados pela nossa percepção. 
O fenômeno acontece todos os dias em empresas ao redor do mundo - e o resultado é quase sempre desastroso: fofocas, desentendimentos e discórdia generalizada que desaceleram o crescimento pessoal e profissional, quando não o interrompem totalmente.

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