segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

PORTO VELHO: UMA CIDADE DE CICLOS

Desde os primórdios históricos das então terras do Amazonas e do Mato Grosso, já se construía por essas bandas um legado cultural, social e econômico dependente de "ciclos" para sobreviver.
A então vila e depois município de Porto Velho/AM, surgia em volta do vai e vem de estrangeiros que por aqui aportaram para construir a lendária Estrada de Ferro Madeira Mamoré, A organização de uma nova cidade em torno do Complexo Ferroviário que ligava os interesses Bolivianos aos interesses brasileiros.
Nos anos 30, com o desinteresse americano pelo desastroso empreendimento no meio da floresta amazônica, fizeram a nacionalização da EFMM. Era o Brasil assumindo o pepino antes do tempo programado. Foram tempos de muitas dificuldades; Até surgir um novo ciclo: A mineração que trouxe mais uma cambada de aventureiros para nossa região, sem mudar entretanto o quadro politico e geografico de nossa região.
Nos anos 70, com o advento da propaganda governamental de "integrar para não entregar", foram atraídos para Rondônia, sulistas que vieram desbravar as terras do território federal de Rondônia. Era o  chamado Ciclo Agrícola. Nos anos 80 foi a vez dos garimpeiros e aventureiros de todo Brasil chegarem ao Rio Madeira, para levar daqui o tão precioso metal, deixando por aqui uma cidade com um novo aspecto populacional, surgiram as invasões de terras, surgiram novos bairros e um bando de desempregados e garimpeiros blefados que por aqui ficaram após a bonança nos garimpos de Porto Velho.
Com a construção das Usinas do Madeira, podemos até dizer que foi e é considerado um novo ciclo econômico, as mudanças foram grandiosas, desde as compensações sociais, construções de novas cidades, a vinda de milhares de homens e mulheres que por aqui chegaram para trabalhar nesses grandes empreendimentos hidroelétricos.
Já afirmaram por aí que Porto Velho na verdade é a capital do "contra-cheque", o que impera na verdade é a cultura do funcionalismo público que impulsiona o comércio local. Será?
O que vemos na prática,é a dependência de nossa cidade de algum evento marcante e excepcional para alavancar o nosso crescimento. Não temos projetos futuristas, que visem a satisfação da população por décadas, vivemos de fases!
Qual o futuro, por exemplo, da Vila de Nova Mutum, reconstruída pela Energia Sustentável do Brasil? 
Qual o projeto politico, social e econômico para aquela comunidade? Para que se aproveite os recursos ali criados, casas dotadas de toda infraestrutura.
Qual a preocupação politica criada com a especulação imobiliária criada com as usinas?
Qual a preocupação politica com o futuro de milhares de jovens que se formam todo ano nas nossas universidades?
O que será na verdade, que pensam nossos politicos?
Vamos viver dependentes de CICLOS ECONÕMICOS? até quando?




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