quinta-feira, 29 de novembro de 2012

DURA REALIDADE DOS PROFESSORES NO BRASIL

Qual seria o limite dos trabalhadores em educação em nosso país, digo trabalhadores, porque no meu entender o papel de "ensinar" vai além da sala de aula. Todos na escola teriam a função de ensinar, e este ensinar seria para quando sair da escola, ainda sim, lembrar do ambiente escolar.
Na verdade os professores no Brasil  têm de lidar com uma complexa rede de pressão no trabalho, o que culmina em doenças. Ele cita que as famílias, que deveriam fazer o papel de educar suas crianças, cobram isso do professor. Por outro lado, os alunos querem um professor que também seja um animador em sala de aula e, quando se sentem frustrados, passam a agredi-lo.
Estudo realizado em 1989 por M. Calas mostrou que 96% dos Professores entrevistados sofriam de fadiga vocal, 86% tinham lesões (frequentemente nódulos) e 85% usavam técnica vocal falha.
Sala com muitos alunos (como a da foto) exige do professor esforço extra da laringe, podendo causar disfonias.
Dados de 1995 relativos a licenças de saúde para professores, mostram que as doenças do aparelho respiratório se destacam como a maior causa de afastamento: "entre as doenças do aparelho respiratório estão as referentes à laringe e faringe, órgãos estes responsáveis também pela fala, principal instrumento de trabalho do professor".
As pressões no dia a dia se refletem em vários sintomas. Depressão, sensação de esgotamento físico e mental e desânimo são sintomas da chamada SÍNDROME DE BURNOUT que se caracteriza por um desgaste que afeta o interesse e a motivação em trabalhar. Crises de choro, de medo e pânico podem ser sinal de que o profissional sofre ASSEDIO MORAL.
Além disso, os professores também sofrem as consequências das más condições de trabalho. Como já disse no inicio do texto, problemas com a voz, alergias, tendinites, disturbios do sono, distúrbios sexuais, alterações da atenção e da memória, irritabilidade, agressividade, dores na coluna e cabeça e problemas cardíacos.
Levantamento recente divulgado pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo) aponta que 17% dos professores da rede estadual não estão exercendo suas atividades por afastamento motivado por problemas de saúde. Entre estes problemas, uma das principais causas dos afastamentos é o estresse.
Cerca de 22,6% dos professores pediram afastamento por licenças-médicas de acordo com a pesquisaIdentidade Expropriada – Retrato do Educador Brasileiro realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), em 2003. “Isso causa um desfalque no sistema e é um problema difícil de controlar”, explicou a secretária de Finanças do CNTE, Juçara Dutra. Ela ressaltou que cada licença-médica significa, em média, cerca de três meses fora da sala de aula.
 Valdeci Ribeiro é professor em Porto Velho-RO.  
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Em relação ao ENSINO  nosso país vai na contra corrente da História:
A verdade é que os países de economias consolidadas investem, em média por aluno/ano, 
algo em torno de US$ 7 mil dólares na educação básica, e são países, que segundo os 
resultados do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Desempenho para jovens de 
15 anos, nas disciplinas de português, matemática e ciências) estão muito a frente do Brasil, 
que se encontra em último lugar. A Tabela 5 mostra resultados do PISA para alguns países 
e o investimento médio na educação básica. Países, como Argentina, Chile e México, 
investem mais do que o dobro no ensino médio com relação ao Brasil. Não há mágica, não 
há como melhorar a qualidade sem o investimento adequado.

E quem sempre paga o PATO na maioria das escolas do Brasil pelos resultados não obtidos é o PROFESSOR.



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